Estudo comparativo de doses de propofol para a indução da anestesia no cão obeso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Devito, Fernanda Corrêa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-25022016-160355/
Resumo: A indução da anestesia no cão obeso é de grande desafio para o anestesista veterinário, pois estes pacientes apresentam alterações respiratórias e cardiovasculares. Além disso, há carência de protocolos anestésicos na literatura. Desta forma, objetivou-se comparar a indução da anestesia em cães obesos (escore corporal igual ou superior a 8) com propofol empregando-se a dose baseada no peso de massa magra ou baseada no peso total. Trinta e cinco cães foram distribuídos em três grupos: 13 cães de peso normal no grupo controle (GC); 15 cães obesos no grupo peso total (GPT) e sete cães obesos no grupo peso de massa magra (GPMM). Todos os cães foram avaliados com auxílio de escala escore de condição corporal (ECC) de 9 pontos e também tiveram a composição de condição corporal determinada por meio do método de diluição de isótopos de deutério. A anestesia foi induzida com 150 mg/kg/h com auxílio de bomba de infusão de propofol até os animais perderem a consciência. Os animais do GPT receberam a infusão de propofol baseado no peso total; os animais do GPMM receberam infusão de propofol baseado no peso de massa magra; e os cães do GC receberam propofol baseado no peso total. Os parâmetros fisiológicos como frequência cardíaca, pressão arterial sistêmica, saturação de oxi-hemoglobina e presença de apneia foram registrados antes e após a indução. A dose empregada de propofol foi 10,7 ± 2,8mg/kg, 14,1 ± 4,7mg/kg e 7,6 ± 1,5mg/kg nos grupos GC, GPMM e GPT, respectivamente, sendo a diferença significante (p<0,001). Na comparação entre os diferentes momentos dentro de cada grupos, observou-se diferença significativa no GC em relação à PAS, onde os valores obtidos após a indução da anestesia (150,8 ± 32,2mmHg) foram menores do que o basal (180,0 ± 34,8mmHg) (p=0,048). No grupo GPMM observou-se diferença na PAD, sendo que os valores basais (103,6 ± 29,1mmHg) foram mais elevados do que após a indução anestésica (79,3 ± 22,8) (p=0,018). Em relação a oxi-hemoglobina periférica houve diferença significativa entre os valores basais e os obtidos após indução da anestesia em todos os grupos sendo. p=0,027, p=0,006 e p=<0,001, respectivamente nos grupos GC, GPMM e GPT. O presente estudo demonstrou que cães obesos requerem dose menor de propofol (7,6 ± 1,5mg/kg) na indução da anestesia em relação aos cães com peso normal (10,7 ± 2,8mg/kg) ao serem anestesiados com a dose baseada no peso total. Não foi possível demostrar que cães obesos que tiveram a dose calculada baseada apenas no peso de massa magra (14,1 ± 4,7mg/kg) necessitem de doses similares a de cães com peso normal com o calculo baseado no peso total (10,7 ± 2,8mg/kg)