Influência de sintomas depressivos na atividade do córtex pré-frontal durante o andar em pacientes com doença de Parkinson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Paes, João Paulo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/243074
Resumo: Introdução: A doença de Parkinson (DP) é a segunda desordem neurodegenerativa mais comum, atingindo entre 1 e 2% dos adultos acima dos 65 anos, com uma prevalência entre 100 e 200 indivíduos a cada 100.000 habitantes na Europa. Especificamente no Brasil, estima-se que aproximadamente 630 mil pessoas apresentem DP, sendo que estes números poderão dobrar até 2030. A DP é caracterizada pela degeneração dos neurônios dopaminérgicos da substância negra parte compacta, o que provoca um desequilíbrio das atividades inibitórias e excitatórias do córtex motor, acarretando comprometimentos motores e não motores. Dentre os não motores, são experimentados os sintomas depressivos e, estes, desempenham grande importância no comprometimento do andar dos acometidos, mas, ainda não está claro se há relação desses sintomas com a atividade do córtex pré-frontal (CPF), que na DP apresenta aumento durante o andar. Materiais e Método: Trinta participantes com DP foram avaliados e, para o tal, foram distribuídos em 2 grupos: sendo 15 participantes com DP sem sintomas depressivos (SSD) e 15 com DP com a presença de sintomas depressivos (CSD). Um sistema portátil de espectroscopia funcional de luz próxima ao infravermelho foi utilizado para o registro da atividade do CPF enquanto os participantes andavam em um circuito em duas condições: andar livre e com obstáculos. Um carpete com sensores de pressão foi posicionado em uma das retas do circuito para o registro dos parâmetros espaço-temporais do andar. ANCOVAs foram empregadas para analisar as diferenças nas concentrações de oxihemoglobina, controlando por grupo e condição; e testes de correlação de Pearson foram aplicados para analisar a associação entre as medidas da atividade cortical, do andar e de funções cognitivas. Resultados: A atividade do CPF não apresentou alterações significativas entre os grupos e as condições investigadas nesse estudo. A ANCOVA não revelou resultado significativo (interação, efeito principal ou de condição). A correlação de Pearson também não apresentou correlação entre o Andar Livre ou Andar com Obstáculos e a atividade hemodinâmica dos hemisférios direito e esquerdo. Conclusão: A presença de sintomas depressivos na doença de Parkinson é capaz de alterar os parâmetros do andar mas parece não se relacionar com a atividade do córtex pré-frontal quando expostos a condições de andar livre ou com obstáculos.