Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Piñeros Lizarazo, Robinzon |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/180353
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Resumo: |
Esta tese teve como objetivo a compreensão da mundialização e o avanço territorial do capital do agrohidronegócio de cultivos flexíveis e seus desdobramentos para a mobilidade do trabalho de jovens rurais assalariados nas funções agrícolas em dois países da América do Sul no período 2000 e 2017. O recorte empírico da pesquisa foi o Pontal do Paranapanema (São Paulo, Brasil) e os Departamentos de Meta e Casanare (Colômbia). Utilizamos referencial teórico assentado na Geografia do Trabalho, com seus aportes para a análise da exploração e controle da força de trabalho. A metodologia considerou a utilização de procedimentos qualitativos de coleta de fontes secundárias, mediante revisão bibliográfica e levantamento de dados; e de fontes primárias, por meio de entrevistas e diários de campo. Também foram utilizadas técnicas de análise de conteúdo para a interpretação das entrevistas e da bibliografia selecionada, além disso, utilizamos a estatística descritiva para a análise de bases de dados sobre área a plantada e colhida e o emprego. Os resultados nos permitem afirmar que no contexto mundializado do Regime Alimentar Corporativo, nos dois países estudados o avanço territorial de lavouras e plantas de agroprocessamento para a produção de agrocombustíveis e commodities está disputando terra, água e outros recursos territoriais. Nesse contexto a dupla capital do agrohidronegócio-Estado, através das práticas das classes dominantes, agrupadas no bloco no poder, anunciam a utilização do discurso do ambientalismo do capital para disponibilizar novas áreas para a expansão desses cultivos. Paralelamente, identificamos a dinâmica da mobilidade territorial dos jovens rurais para trabalhar nas empresas canavieiras e palmeiras por meio da segmentação etária do mercado de trabalho, assim como das estratégias das empresas para mobilizar e disponibilizar a força de trabalho e das trajetórias dos trabalhadores. Desse modo, os jovens rurais são entendidos como uma transversalidade de classe pautada pela idade e seu agrupamento como geração útil para o capital: os órfãos e herdeiros da cana-de-açúcar e os otros nuevos llaneros da palma de azeite. Esses sujeitos da classe trabalhadora detêm protagonismo nos processos de reestruturação produtiva, tanto no novo perfil do trabalhador regional nas funções relacionadas com a mecanização do plantio e da colheita da cana-de-açúcar no Estado de São Paulo, quanto na massa de trabalhadores migrantes assalariados nas funções agrícolas da palma de azeite nos departamentos de Meta e Casanare. Por fim, com a análise das trajetórias dos jovens apresentamos as experiências atreladas ao processo de expropriação e despossessão de camponeses, assentados da reforma agrária e comunidades afrodescendentes, e as formas de flexibilização e precarização do trabalho. |