Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cardoso, Messias Alessandro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/154593
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Resumo: |
Neste texto, procuramos revelar a face oculta do agrohidronegócio canavieiro sob o recorte analítico do EDR de Araçatuba, localizado na região noroeste do estado de São Paulo, enfatizando, o momento atual de reestruturação produtiva, técnica e do trabalho no setor, que vem impondo o flagelo do desemprego a milhares de trabalhadores com a mecanização do corte de cana-de-açúcar e, subjugando aos que permanecem empregados a exorbitante intensificação do trabalho. De modo geral, o principal objetivo dessa pesquisa foi revelar as ações e estratégias do agrohidronegócio canavieiro, sob o prisma da mobilidade territorial do trabalho no EDR de Araçatuba, com o propósito de entender as relações e os impactos sobre as condições de vida e trabalho dos trabalhadores migrantes no corte de cana-de-açúcar. Como queremos demonstrar, o agrohidronegócio canavieiro está encimado no discurso do desenvolvimento, da geração de emprego e renda para os trabalhadores, entretanto seus desdobramentos concretos não atentam para melhoria de vida das populações mais pobres, e nem de longe este é seu objetivo, portanto ao invés de ser a “salvação da lavoura” brasileira, este modelo de produção destrutiva, organizada sob os ditames do sistema do capital, encontra-se completamente tolhido em sentido para os trabalhadores. Nestes termos, o sistema do capital utiliza como trunfo territorial, o processo de mobilidade territorial do trabalho, tendo em vista fazer uso da força de trabalho nos territórios mais rentáveis ao capital. Portanto, é possível dizer, que ao invés de uma decisão livre, o direito de migrar se converte em obrigação compulsória pela sobrevivência: “ir e vir”, longe de ser um ato de liberdade, acaba sendo, a revelação do desespero, de quem se vê pressionado pela necessidade de sobreviver. Ademais, toda apologia do sistema, ao direito à liberdade espacial, desmorona-se e se mostra insustentável teoricamente, pois a liberdade espacial, sob o jugo da lógica do capital é, apenas uma noção fantasiosa, um mero termo do discurso burguês. A grande maioria da população, especialmente os setores condenados à exclusão social, deixam suas terras e suas famílias não por um ato livre, mas por motivos de vida ou morte. Está em jogo a própria sobrevivência. Daí nossa insistência em que ao direito de ir e vir corresponde o direito de “ficar” e poder vivenciar seus territórios e escolhas de maneira digna. |