Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Varoli, Raquel Cristina Rossi [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150237
|
Resumo: |
No campo do cuidado em psiquiatria, a prática manicomial predominou como única possibilidade de tratamento, por quase duzentos anos. A Reforma Psiquiátrica no Brasil surgiu nos anos 70, em favor da mudança dos modelos de atenção e gestão nas práticas de saúde. As propostas vindas da reforma psiquiátrica, além de possibilitar a inclusão da pessoa acometida pelo transtorno mental na sociedade, também inserem a família como elemento importante no cenário da assistência. Sendo a família chamada a participar do processo de recuperação de seu membro que vivência a situação de doença, o serviço de saúde mental o qual presta assistência, também é componente importante da dinâmica do atendimento. Portanto, este estudo tem por objetivo compreender como os familiares veem a assistência recebida no Hospital Dia. A pesquisa é de natureza qualitativa exploratória, o cenário do estudo é o Hospital Dia de Saúde Mental da UNESP de Botucatu. Na coleta de dados foram ouvidos oito familiares que convivem com a pessoa portadora de transtorno mental, a partir de entrevistas semi-estruturadas e nessas foi utilizado o procedimento apresentativo-expressivo. Para a análise dos dados foi utilizada a análise temática. Como referencial teórico, recorremos à obra de Benedetto Saraceno, autor que deu subsídio à fase de análise dos resultados. Foram apreendidos os temas: Hospital Dia como espaço de acolhimento, de refúgio; Hospital Dia como propulsor de esperança; Dificuldades sentidas pela família e Proposta de mudança, de melhoria do serviço. A análise evidência que os familiares enfrentam dificuldades econômicas, afetivas e relacionais no convívio com a situação advinda da proximidade com o transtorno mental. O serviço de saúde pesquisado tem significativa importância no processo de busca da melhora. O preconceito e a segregação aparecem nos conteúdos obtidos, somando-se às dificuldades a serem transpostas. Também foi possível constatar que a desinformação sobre a situação vivida, ou seja, sobre o transtorno mental, é frequente nos relatos. Os participantes já recorreram a outros serviços de saúde mental e revelam esperar que o local pesquisado, de fato, venha trazer novas possibilidades para seu familiar, assim como, facilitar o convívio no núcleo da família e propiciar melhor entendimento desses acerca dos transtornos mentais. |