Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Utimati, Ana Paula Salomé |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-15082014-095444/
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Resumo: |
As políticas de Saúde Mental, hoje, são resultado do processo da Reforma Psiquiátrica Brasileira, iniciado no final da década de 70, paralelamente ao processo de formação do SUS, com o objetivo de possibilitar a reconstrução da cidadania e dos direitos humanos e sociais do sujeito em sofrimento mental. Embora as mudanças sejam significativas desde o paradigma hospitalocêntrico ao modelo atual, os desafios da saúde mental ainda são muitos. Existe escassa discussão teórica e análise crítica acerca das tentativas de implantar ações de saúde mental na atenção básica, e insuficiente reflexão e mudança de práticas, o que torna relevante identificar a organização da atenção à saúde mental em rede, de forma a vislumbrar melhorias do trabalho na comunidade, com vistas à promoção, prevenção e suporte mais efetivo às demandas relacionadas à política de saúde mental. O presente trabalho objetiva, pela abordagem quantitativa, descrever a assistência em Saúde Mental realizada em um município do interior do estado de São Paulo, apresentando a maneira como estão distribuídos os cuidados, e identificar sinais de desassistência em saúde mental nesse município. Trata-se de um estudo descritivo sobre gestão do cuidado na saúde mental, de corte transversal, no qual foi realizada também uma análise qualitativa dos conteúdos obtidos nas entrevistas com profissionais de todos os serviços integrantes da rede assistencial. O estudo foi desenvolvido em 57 unidades de Unidades de Saúde do Município de Ribeirão Preto, sendo 45 estabelecimentos da rede de Atenção Primária, sete da rede especializada em assistência em Saúde Mental, e cinco serviços de assistência hospitalar. Além disso, participaram do estudo duas clínicas escola vinculadas ao curso de graduação em psicologia. Participaram dessa pesquisa 56 profissionais e dois coordenadores de clínicas escola responsáveis pelas unidades pesquisadas. Para coleta de dados foi utilizada uma entrevista semiestruturada que possibilitou a caracterização das Unidades de Saúde e seus fluxos assistenciais. A análise dos dados valeu-se da estatística descritiva e da análise de conteúdos qualitativos, caracterizando as unidades de saúde e os profissionais entrevistados. Foram, assim, construídas as seguintes categorias: 1 - Modalidade de atendimento em Saúde Mental; 2 - Problemas para continuidade do tratamento após encaminhamento e/ou contra referência; 3 - Suporte/ Matriciamento/Supervisão profissional da Saúde Mental na Atenção Básica; 4 - Gestão e fluxo de encaminhamentos; 5 Contra referência; 6 - A desassistência em saúde mental; e para finalizar, 7 - Dificuldades do Sistema para desenvolvimento do fluxo assistencial em Saúde Mental. Foram apontadas as dificuldades e facilidades para a consolidação da rede assistencial em saúde mental. O conhecimento dessa rede poderá servir para o aprimoramento da gestão dos fluxos de maneira mais efetiva e pertinente ao atendimento qualificado dos usuários. |