Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Julca Gonza, Editha Lisbet |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/252381
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Resumo: |
Esta pesquisa trata das formas de organização camponesa realizadas nos marcos da luta pela terra no Brasil e das garantias de sua permanência no Peru, em áreas que foram projetadas para assentar colonos ainda no século XX e hoje sugerem disputas que confluem na produção citrícola, emblematicamente acirrada em consequência do agronegócio e da mineração, desde os primeiros anos do século XXI. São explorados formas e mecanismos institucionais no contexto de um processo de reivindicações de direitos territoriais, focalizando a relevância histórica da organização espacial, no papel das empresas com capital privado nacional e reivindicações camponesas, protagonizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no Brasil, e pela Frente de Defesa do Vale de San Lorenzo e Tambogrande (FDVSLT), no Peru. A partir de uma perspectiva comparada dos casos conhecidos como “caso Cutrale” (São Paulo) e o “caso Tambogrande” (Piura), abordam-se estudos, discussões e debates que convergem ao tema. A pesquisa selecionou depoimentos de trabalhadores, que constituem parte importante deste estudo, aliados às reflexões atreladas à dinâmica estrutural e conjuntural da América Latina, além do debate acerca da eclosão de conflitos e trajetórias contra hegemônicas. Nesse sentido a nossa tese reafirma que o papel dos países latino-americanos tem sido uma peça fundamental no desenvolvimento capitalista, a partir da desapropriação dos territórios e mecanismos estatais que garantem a extração de matérias-primas para a acumulação de capitais em escala cada vez mais ampliada. Daí que é fundamental debater as expressões concretas da expansão extrativista que transformam os territórios em espaços de valorização e acumulação, como também evidenciar práticas coletivas que se oponham às formas de acumulação em distintas fases do modo de produção dentro das estruturas coloniais. Conferir as possibilidades e limites reais de conflito pelo território nos marcos institucionais. |