Territórios em disputa: a formação territorial do Ceará de 1750 a 1822

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Albuquerque, Ana Maria de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-01032019-131109/
Resumo: A pesquisa tem como objeto de análise a formação territorial do Ceará desde o estabelecimento das políticas pombalinas do Estado Português ao processo de emancipação política de sua colônia na América do Sul. Uma investigação que atravessa o interregno de 1750 a 1822, quando se pretendia aumentar o controle administrativo e a expropriação dos lucros nas terras conquistadas pela Coroa Portuguesa por meio de acordos de limites. Em movimento sincopado de expansão das fronteiras e corrida aos fundos territoriais defendidos por estratégias geopolíticas que priorizavam o povoamento das áreas fronteiriças, mas também daquelas afastadas da zona litorânea; pela doação de sesmarias; elevação de vilas e cidades; pelo controle e aldeamento dos nativos através de leis ou incentivo à guerra justa, para o aniquilamento, aos que não se adaptavam à imposição de um processo perverso de colonização que os subjugava. Retratamos a frente de apropriação dos sertões das capitanias do Norte, com ênfase no Ceará; uma história de expropriação, de espoliação das terras indígenas, a fixação das fazendas para o criatório do gado, que teve início com o parcelamento de suas terras no final do século XVII acontecimentos que promoveram impactos relevantes sob a sua estrutura fundiária e o introduziram à lógica da acumulação primitiva de capitais, através da implantação das políticas mercantilistas que se expandiram violentamente para além das nações europeias, em escala maior, inseridas agora dentro de um sistema mundial de conformação de uma economia-mundo capitalista em formação e dilatação.