Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Chatagnier, Juliane Camila |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/152958
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Resumo: |
A contemporaneidade tem colaborado com as mudanças na forma como as questões de gênero e sexualidade são vistas na sociedade. Padrões tradicionais vêm sendo quebrados e algumas formas de preconceito não se encaixam mais na comunidade. Hoje, muitos homens e mulheres não têm mais uma identidade única e fixa, e não configuram um par dual, e essa fragmentação das identidades de gênero possibilita a criação de ouras nomenclaturas. Com base nesse contexto de mudanças, as personagens de nosso corpus formam-se mulheres, homens, gays, lésbicas, e a construção do gênero é vista, então, como estratégia narrativa, na qual as escritoras procuram mostrar que há possibilidades para formação de gênero distinta dos padrões impostos pela matriz heteronormativa. Assim, realizamos uma análise de como essas configurações de gênero, masculinos ou femininos, são representadas na literatura, partindo da premissa de que as identidades de gênero sofrem rupturas com os modelos tradicionais e estão deslocadas, devido às diversas orientações sexuais presentes na contemporaneidade. Como corpus deste trabalho, escolhemos cinco obras, de escritoras norte-americanas, brasileiras e inglesas, a partir da década de 1970, a saber: Rubyfruit Jungle (1973), de Rita Mae Brown; The Front Runner (1974), de Patricia Nell Warren; Hotel Dulac (1984), de Anita Brookner; Duas iguais (1996), de Cíntia Moscovich e Sapato de salto (2006), de Lygia Bojunga. A configuração da identidade de gênero das personagens é analisada sob a luz da teoria da performatividade, de Judith Butler (1993; 2003; 2004; 2015), segundo a qual o gênero é constituído por meio da repetição de atos estilizados que se tornam inerentes ao indivíduo. Butler, juntamente à Rubin (1975), Wittig (1982; 1993) e Connell (2000), embasa, também, as questões relativas à construção da masculinidade e/ou feminilidade e Laclau (1990; 2004), Ortiz (1998; 2006) e Santos (1993; 2001), dentre outros, fundamentam o estudo a respeito das modificações ocorridas na sociedade, bem como essas interferem na construção da identidade de gênero. |