Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Marangoni, Elaine |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/183686
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Resumo: |
O Discurso Sobre o Emagrecimento (DSE) circula no Facebook e Instagram, produzindo sentidos que afetam sujeitos que acompanham diariamente perfis de leigos e profissionais de saúde nessas redes sociais. Os dizeres do senso comum e os que são apropriados do meio científico são repetidos infinitamente, até que seus sentidos se tornem naturais por efeito da ideologia. Emagrecer nunca pareceu tão simples, e seguir as “dicas” disponíveis na internet faz com que se reforcem discursos que não são benéficos à população, causando risco de adoecê-la ainda mais, já que a obesidade é considerada uma pandemia na atualidade. Duas posições sujeito (leigos e profissionais de saúde) foram acompanhadas, e seus discursos compuseram o corpus, que foi se revelando aos poucos e mostrando como no DSE o sujeito se movimenta a todo instante, identificando-se e desidentificando-se com sentidos de uma formação discursiva bastante heterogênea. O verbal e o não verbal foram considerados em suas materialidades distintas, significando em conjunto, e, mesmo quando houve a necessidade de verbalização, as imagens e seu modo de significar singulares foram destacados. Por haver uma aproximação dos discursos das duas posições sujeito em um espaço onde as linhas que separam o científico do não científico estão cada vez mais finas e esburacadas, elegemos o discurso da dona de casa Eloísa Helena para mostrar os movimentos do DSE, seus sentidos mais recorrentes e como a ideologia trabalha em uma era de pós-verdade, na qual os sentidos e as identificações dos sujeitos são bombardeados por apelos emocionais. Além disso, tudo que se posta nas redes sociais “parece ser verdade” ou ganha legitimação como “verdadeiro”, principalmente pela credibilidade, leia-se “número de seguidores”, dos atores/influenciadores nas páginas que acompanhamos. Temos uma metodologia que não é fechada, mas que foi construída para os propósitos desta pesquisa. As postagens foram apresentadas e organizadas no decorrer do texto, portanto, não há apenas um capítulo de análise, já que diversas análises compõem todo o percurso metodológico. Apesar de surgirem discursos de resistência, já que muitos sentidos são silenciados, os efeitos de verdade por meio da repetição e da divulgação desmedida não permite que sejam a maioria. Destacamos alguns deles, assim como o que não é permitido “falar” quando o tema é emagrecimento. Nosso objeto não cessa de mudar e apresentar “novidades” para que o leitor continue na formação discursiva que reforça sua responsabilidade e força de vontade, abafando milhares de vozes que poderiam trazer a saúde, a vida saudável tão almejada. |