Corpo adiposo bucal: revisão anatômica e avaliação de sua remoção estética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ciaramicolo, Nathaly de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25151/tde-19052023-105135/
Resumo: Os procedimentos cirúrgicos envolvendo o corpo adiposo bucal ou bola de Bichat são conhecidos há várias décadas. Esta estrutura anatômica, descrita pelo anatomista Marie François Xavier Bichat em 1802, passou também a ser utilizada em cirurgias estéticas a partir de 1980, com o objetivo de proporcionar um acinturamento da face, definindo os contornos ósseos e proporcionando faces mais harmônicas a pacientes com proeminência de tecidos moles em terço médio. Apesar de ser um procedimento antigo, a chamada bichectomia, tornou-se mais popular na última década, após a realização do procedimento em âmbito ambulatorial e grande disseminação da técnica por redes de comunicações sociais. Porém, ainda que seja uma cirurgia amplamente realizada nos dias atuais, há uma escassa literatura a respeito da bichectomia. A cirurgia é realizada sem um protocolo técnico e científico que ofereça segurança aos profissionais e pacientes. Portanto, o objetivo deste trabalho é descrever a anatomia que envolve a bola de Bichat, considerando seu volume médio através de testes atuais e avaliar os reais resultados de sua remoção estética, além de buscar meios de previsão destes resultados através de análises clínicas e imaginológicas. Este estudo busca, ainda, reforçar o conhecimento existente na literatura atual de não haver relação entre a realização de bichectomias e o envelhecimento facial. Os resultados obtidos neste trabalho, através de bichectomias realizadas em 20 pacientes de diferentes gêneros, idades, pesos e alturas, mostraram altos índices de satisfação com o procedimento cirúrgico, além da segurança da realização destes com conhecimento anatômico e cirúrgico amplos e técnica adequada. Com este estudo, pudemos sugerir um protocolo atual para cirurgia de bichectomia com avaliação pré-operatória, exames complementares, previsão de resultados e sequência cirúrgica segura.