Avaliação das atividades antinociceptiva e anti-inflamatória do extrato diclorometano das raízes de Arrabidaea brachypoda (dc.) Bureau em camundongos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rodrigues, Vinícius Peixoto [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150524
Resumo: A dor é um dos principais indicadores de enfermidade. Ela é uma sensação desagradável, complexa e extremamente subjetiva, relacionada a algum estímulo lesivo ou potencialmente lesivo ao organismo. Quando esses estímulos danificam tecidos do organismo a resposta inflamatória é iniciada. Essa resposta é necessária para a resolução de diversos danos e essencial para a defesa do organismo. A inflamação é uma resposta vascular realizada por mediadores inflamatórios. Se houver falha neste processo pode haver a perda da função tecidual. A abordagem mais comum para reduzir a dor e a inflamação é através do uso de medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs). Entretanto, o uso destes fármacos sem as devidas orientações, ou por longos períodos, pode levar ao aparecimento de sérias reações adversas como as úlceras pépticas. Uma alternativa para o tratamento da dor e inflamação é o uso de espécies vegetais com propriedades medicinais. Nesse contexto, a espécie Arrabidaea brachypoda é uma espécie medicinal comumente utilizada nas regiões sudeste e nordeste brasileira para o tratamento de cálculo renal e dores nas articulações. Considerando a utilização popular da planta, o objetivo do projeto foi avaliar a ação antinociceptiva e anti-inflamatória do extrato diclorometano das raízes de A. brachypoda (DEAB) em modelos experimentais in vivo e seus mecanimos de ação. Neste trabalho avaliamos a toxicidade aguda do DEAB e também o efeito desse extrato sobre a performance motora dos animais. A avaliação da atividade nociceptiva do DEAB foi realizada através do teste da formalina. A caracterização dos mecanismos de ação antinociceptivo do DEAB foram realizados através de testes caracterizaram o envolvimento de receptores TRPV1, TRPA1, TRPM8 e ASICS, além da participação dos sistemas opioidérgico, glutamatérgico e o envolvimento supraespinhal na antinocicepção do extrato. Avaliamos também a ação antiedematogênica e anti-inflamatória do extrato pelo modelo de edema de orelha induzido por xilol e ácido araquidônico. Os resultados obtidos demonstram a ausência de toxicidade aguda por via oral do DEAB, caracteriza o envolvimento dos receptores TRPM8, ASIC e do sistema opiodérgico na sua atividade antinociceptiva, além do seu efeito antiedematogênico ao combater o efeito do xilol na indução do edema. Os resultados obtidos até o presente indicam o grande potencial do extrato de A. brachypoda como recurso terapêutico para o tratamento da dor e inflamação.