Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Carneiro, Lilian Uchoa
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Orientador(a): |
Marinho, Bruno Guimarães
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Banca de defesa: |
Marinho, Bruno Guimarães,
Côrtes, Wellington da Silva,
Pinheiro, Mariana Martins Gomes |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11394
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Resumo: |
No presente estudo, testamos os extratos em metanol e suas partições da Annona tomentosa, espécie nativa do Brasil e popularmente conhecida como “araticum de moita” ou “araticum rasteiro”. O chá de suas folhas é utilizado na medicina popular como anti-inflamatório. Por esta razão, as atividades antinociceptiva e anti-inflamatória da A. tomentosa, de São Luís-MA, foram avaliadas em camundongos. Os extratos em metanol das cascas do caule (ATCM) e das folhas (ATFM) foram preparados por maceração em metanol e suas partições em hexano (ATFM-H), diclorometano (ATFM-D), acetato de etila (ATFM-Ac) e butanol (ATFM-Bu) foram preparadas por partição líquido-líquido. O efeito antinociceptivo dos extratos e suas partições foram avaliados pelos modelos de contorções abdominais induzidas por ácido acético e de retirada da cauda, enquanto os efeitos anti-inflamatórios foram avaliados pelos modelos do edema de pata e da bolsa de ar subcutânea. A partir do modelo de retirada da cauda foi avaliado o possível mecanismo de ação da partição ATFM-H utilizando antagonistas e inibidores, tais como naloxona, L-NAME, glibenclamida, atropina, naltrindol e nor-binaltorfimina. A migração leucocitária e a produção de TNF-α e IL-1β foram avaliadas a partir do modelo da bolsa de ar subcutânea estéril. O extrato em metanol ATFM (100 mg/kg) foi eficaz em reduzir as contorções abdominais em aproximadamente 49% (27,8 ± 4,4 contorções abdominais) e dentre suas partições, ATFM-H e ATFM-D reduziram as contorções abdominais em 42,3% (31,3 ± 5,9 contorções abdominais) e 34% (35,8 ± 7,7 contorções abdominais), respectivamente, em relação ao grupo controle negativo. ATFM-H apresentou efeito antinociceptivo central com envolvimento de receptores opioides do tipo delta, no modelo de retirada da cauda, e sem prejuízo da atividade locomotora espontânea dos animais no modelo do campo aberto, em relação ao grupo controle negativo. A partição ATFM-D reduziu significativamente o edema de pata induzido tanto por carragenina (100 mg/kg) em 39,3%, histamina (50 e 100 mg/kg) e serotonina (10, 50 e 100 mg/kg). O ATFM-D inibiu a migração de leucócitos totais para a bolsa de ar estéril, nas doses de 50 e 100 mg/kg, em 75,8% (3,91 ± 1,2 x 106/mL) e 92,9% (1,15 ± 0,5 x 106/mL), respectivamente, e a produção de TNF-α nas doses de 50 e 100 mg/kg em aproximadamente 43% (740 ± 85,7 pg/mL) e 67% (433,8 ± 52,1 pg/mL), respectivamente, em relação ao grupo controle PBS. O ATFM-D também reduziu a produção de IL-1β nas doses de 50 e 100mg/kg em aproximadamente 25% (452,3 ± 52,5 pg/mL) e 35% (388,7 ± 42,3 pg/mL), respectivamente, em relação ao grupo controle PBS. Conforme demonstrado pelos métodos empregados, podemos concluir que o extrato em metanol de folhas da A. tomentosa apresentou efeito antinociceptivo e anti-inflamatório nos modelos de dor e inflamação aguda, sugerindo suas potencialidades para fins terapêuticos. |