Resposta superovulatória e produção in vivo de embriões em ovelhas Santa Inês em função da dosagem de FSH

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Maciel, Giovanna Serpa [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/140138
Resumo: O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da dose de FSH exógeno no tratamento gonadotrófico sobre a resposta superovulatória e produção in vivo de embriões em ovelhas. Vinte e quatro ovelhas Santa Inês foram submetidas à sincronização do estro com dispositivo intravaginal de progesterona (CIDR®) inserido no D0 e permaneceu até D8. Ao início do protocolo (D0) e na retirada do dispositivo intravaginal foram administrados 0,125 mg de análogo sintético da PGF2α (Sincrocio®). O tratamento gonadotrófico teve início 48 horas antes da retirada da progesterona (D6), quando as fêmeas foram aleatoriamente divididas em três grupos experimentais de acordo com a dose total de FSH suíno exógeno: G200 (n=8) - 200 mg; G133 (n=8) - 133 mg; e G100 (n=8) - 100 mg. As doses totais foram administradas em 8 aplicações à intervalos de 12 horas. No D6, as fêmeas receberam 300 UI de eCG. Foram realizadas ultrassonografias modo B e Doppler em cores, com o propósito de acompanhar o crescimento folicular da onda ovulatória, área de vascularização da parede folicular e o momento das ovulações. Seis dias após o início do estro, os embriões foram colhidos e avaliados morfologicamente e quanto ao percentual de células apoptóticas. Realizou-se teste de Kruskal Wallis e pós-teste de Dunns, sendo que as taxas foram comparadas pelo teste do Chi-quadrado. A variável área da vascularização folicular foi comparada entre os tratamentos e momentos pela ANOVA com medidas repetidas no tempo e pós-teste de Tukey, com análises de correlação (Pearson) para o número de folículos e área da vascularização dos mesmos. O nível de significância utilizado para os testes estatísticos foi de 5% (P >0,05). A duração do estro nas ovelhas foi menor no G200 em relação ao G133 e semelhante ao G100 (P = 0,0218). O momento ovulatório ocorreu tardiamente no G200 (P = 0,0037); redução do tamanho do folículo pré-ovulatório e taxa de redução do tamanho do folículo pré-ovulatório foram maiores (P = 0,0027 e 0,0024, respectivamente) para ovelhas do G200 em relação ao G100, entretanto semelhantes ao G133. A área da vascularização folicular variou com relação aos momentos, aumentando gradativamente com pico entre as 216 e 232 horas e posteriormente decaiu (P < 0,001). A taxa de ovulação e falhas anovulatórias apresentaram diferença estatística entre os grupos (P = 0,016), o G100 apresentou maior valor da taxa de ovulação em relação ao G1333 e semelhante ao G200 e o G100 apresentou o menor valor das falhas anovulatórias em relação ao G133 e semelhante ao G200. O número de estruturas não fecundadas e a taxa de não fecundados foram maiores nos animais pertencentes ao G100 (P = 0,008 e 0,0477, respectivamente) em relação ao G200 e semelhante ao G133; o número de embriões viáveis e taxa de viabilidade foram maiores (P = 0,038 e 0,0493, respectivamente) para ovelhas do G200 em relação ao G133, entretanto semelhante ao G100; a porcentagem de células apoptóticas foi maior no grupo G100. Pôde–se concluir que a dose de 200 mg apresentou os melhores resultados das variáveis estudadas, não sendo assim indicado o uso de menores doses de FSH (100 mg e 133 mg) em tratamentos de superestimulação ovulatória em ovelhas Santa Inês.