Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Laísa Garcia da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-13052020-093248/
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Resumo: |
A utilização de novilhas jovens para a produção in vitro de embriões (PIVE) acelera o ganho genético dos rebanhos, diminuindo o intervalo de gerações. Entretanto, doadoras jovens possuem competência oocitária inferior à de doadoras adultas, sendo menos eficientes na PIVE. No presente estudo buscou-se avaliar a eficiência da aspiração folicular (OPU), da PIVE e da prenhez/transferência de embrião (P/TE) de novilhas Nelore (Bos indicus) de 12 e 24 meses de idade, tratadas ou não com FSH. Ainda, buscou-se relacionar essas variáveis com a concentração plasmática de IGF1 das doadoras no momento da OPU. Foram utilizadas 46 novilhas de 12 meses e 45 novilhas de 24 meses de idade, submetidas a um delineamento fatorial 2x2 (cross- over). Todos os animais receberam protocolo de sincronização no dia 0. As novilhas do grupo FSH receberam duas doses de 30mg de FSH no dia 4 e duas doses de 20mg de FSH no dia 5 em intervalos de 12 horas, totalizando 100mg de FSH. No dia 7, todas as novilhas foram submetidas à OPU. Esse protocolo se repetiu com intervalo de 40 dias, invertendo-se os animais nos grupos de tratamento. Os embriões produzidos foram vitrificados (n=202) e posteriormente transferidos em receptoras sincronizadas. As análises estatísticas foram feitas utilizando o PROC GLIMMIX e PROC CORR (SAS®). Não foi observada interação Idade×FSH para as variáveis estudadas. As novilhas de 24 meses (N-24) tiveram maior número de oócitos recuperados (N-12= 16,6±1,2; N- 24= 20,8±1,5; P=0,02), número de oócitos viáveis (N-12= 12,5±1,0; N-24= 15,4±1,1; P=0,06), número de clivados (N-12= 9,2±0,7; N-24= 12,0±1,0; P=0,02), número de embriões produzidos/OPU (N-12= 3,4±0,4; N-24= 6,4±0,7; P=0,0004) e taxa de blastocisto (N-12= 20,9%; N-24= 29,9%; P=0,02) quando comparadas às novilhas de 12 meses (N-12). O tratamento com FSH (NFSH) aumentou a quantidade de folículos médios (NC= 1,1±0,2; NFSH= 15,7±1,7; P<0,0001) e grandes (NC= 0,2±0,1; NFSH= 4,2±0,6; P<0,0001) e a taxa de oócitos viáveis (NC= 72,7%; NFSH= 78,8%; P=0,02), porém diminuiu a quantidade de oócitos recuperados (NC= 21,2±1,5; NFSH= 16,2±1,1; P=0,01) e a taxa de recuperação (NC= 92,9%; NFSH= 51,8%; P<0,0001) em relação às novilhas do grupo controle (NC). Não se verificou efeito de tratamento com FSH sobre número e taxa de blastocistos. Não houve efeito de categoria e FSH na P/TE. A concentração plasmática de IGF1 foi maior para novilhas de 24 meses (N-12= 224,2ng/ml; N- 24= 358,3ng/ml; P<0,0001), porém, não foi influenciada pelo tratamento com FSH. Houve correlação positiva entre IGF1 e taxa de oócitos viáveis (r=0,0678; P=0,05). Observou-se interação Idade×IGF1 (P=0,0004) para P/TE, em que apenas os embriões de novilhas de 24 meses apresentaram aumento na P/TE conforme o aumento da IGF1. Os resultados do presente estudo permitem concluir que novilhas de 24 meses são mais eficientes na PIVE que novilhas de 12 meses de idade, e a P/TE de novilhas de 24 meses aumenta conforme a elevação das concentrações circulantes de IGF1 da doadora. Ainda, o tratamento com FSH melhora a taxa de oócitos viáveis em novilhas Nelore, porém não tem efeitos sobre a PIVE e a P/TE. |