Dinâmica de corpos lúteos em protocolos com redução da dose de FSH na superovulação em ovelhas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rodriguez, Mariana Garcia Kako [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/137967
Resumo: Um dos grandes entraves da MOTE é a ocorrência de falhas no tratamento superovulatório, sendo que uma das causas pode ser a alta dose de FSH, podendo promover regressão prematura dos corpos lúteos e consequentemente uma resposta ineficaz ao tratamento superovulatório. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da dose de FSH exógeno no tratamento superestimulatório sobre a dinâmica de desenvolvimento e funcionalidade de corpos lúteos em fêmeas ovinas doadoras de embrião. Foram utilizadas 29 ovelhas Santa Inês, as quais foram submetidas à sincronização do estro com um dispositivo intravaginal de progesterona (CIDR®), inserido no Dia 0, permanecendo até o Dia 8. Concomitantemente ao início do protocolo e retirada do dispositivo intravaginal foi administrado um análogo da PGF2α. O tratamento gonadotrófico teve início 48 horas antes da retirada da progesterona (D6), quando as fêmeas foram aleatoriamente divididas em três grupos experimentais de acordo com a dose total de FSH suíno exógeno: G200 (controle, n=8) - 200 mg de FSH; G133 (n=8) - 133 mg de FSH; e G100 (n=8) - 100 mg de FSH. No D6 (1ª aplicação de FSH), as fêmeas receberam também 300 UI de eCG. As avaliações ultrassonográficas Modo-B e Doppler foram realizadas durante o período de luteogênese (D11) até o dia correspondente a videolaparoscopia (D15), com o propósito de acompanhar o desenvolvimento das estruturas lúteas (dimensões), avaliar os índices do fluxo sanguíneo da artéria ovariana (VPS,VDF,IR e IP) e, de avaliar macroscópicamente as características dos corpos lúteos formados e classificá-los em normais ou subnormais (regredidos prematuramente), através da videolaparoscopia. A análise estatística foi realizada por meio do software R®, o nível de significância considerado foi de p<0,05. As ovelhas superovuladas com 100 e 133 mg de FSH apresentaram um aumento gradativo do diâmetro dos corpos lúteos com passar dos dias pós-ovulação (p<0,001), diferentemente, os animais que receberam o tratamento de 200 mg de FSH apresentaram aumento do diâmetro entre os dias 11 e 13 e diminuição nos dias 14 e 15 (p<0,001). As ovelhas expostas ao tratamento superestimulatório com 200 mg de FSH apresentaram maior percentual de RPCL (49,03) em relação as dos grupos tratados com 100 e 133 mg de FSH (p<0,001). A VDF foi maior nas ovelhas superovuladas com 133 mg de FSH um dia após as ovulações (D11) do que nas superovuladas com 100 mg de FSH (p=0,029). O IR foi maior nas ovelhas superovuladas com 200 mg do que quando superovuladas com 100 mg de FSH (p=0,02). E o IP foi maior nos dias 14 e 15 do que nos demais dias avaliados (p<0,01). Conclui-se que a ultrassonografia é uma ferramenta eficaz para acompanhar a dinâmica luteal em ovelhas superestimuladas e, as menores doses de FSH exógeno foram suficientes para uma eficiente resposta superovulatória em ovelhas, proporcionando menor custo no tratamento gonadotrófico de fêmeas doadoras de embriões.