Efeitos de fatores antropométricos na resposta do controle autonômico cardíaco e variáveis cardiorrespiratórias após exercício aeróbio submáximo em homens fisicamente ativos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Fontes, Anne Michelli Gomes Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153186
Resumo: Introdução: A regulação autonômica e as variáveis cardiorrespiratórias após o exercício são influenciadas por diversos fatores, e dentre esses estão incluídos os fatores antropométricos e mais especificadamente, a relação cintura-quadril (RCQ) e a relação cintura-estatura (RCE). Entretanto não está claro na literatura se em homens saudáveis fisicamente ativos a resposta após o exercício é diferente entre sujeitos em faixas diferentes, porém, dentro da normalidade. Objetivo: Verificar os efeitos de diferentes fatores antropométricos na resposta do controle autonômico cardíaco e variáveis cardiorrespiratórias após exercício aeróbio submáximo em homens fisicamente ativos. Materiais e Métodos: O estudo foi realizado em homens saudáveis com idade entre 18 e 30 anos, divididos em grupos de acordo com a RCQ (G1: menor que 0,83 e G2: entre 0,83 e 0,88) e RCE (G1: entre 0,40 e 0,45, e G2: entre 0,45 e 0,50). Não foram analisados indivíduos com distúrbios cardiorrespiratórios, neurológicos, musculoesqueléticos, renais, metabólicos, endócrinos e demais comprometimentos conhecidos ou relatados que impedissem a realização dos procedimentos, indivíduos com PAS > 130mmHg e PAD > 90mmHg em repouso, tabagistas, etilistas, sujeitos sob medicação, além de indivíduos sedentários e insuficientemente ativos segundo o IPAQ. Os grupos foram submetidos a dois protocolos: teste de esforço máximo, realizado para determinação da velocidade máxima (Vmáx), e protocolo de exercício aeróbio submáximo composto por 15 minutos de repouso, 30 minutos de exercício em esteira (5 minutos com velocidade de 6,0 km/h + 1% de inclinação seguido de 25 minutos com intensidade equivalente a 60% da Vmáx + 1% de inclinação), seguido por 60 minutos de recuperação. Foram analisados os índices da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e as variáveis cardiorrespiratórias antes e após o exercício em diferentes momentos da recuperação. Resultados: Quando considerada a RCQ, o grupo com maior faixa (G2) apresentou uma recuperação semelhante da modulação vagal (rMSSD, SD1, HF [ms2]) aos valores basais (efeito momento p=0,000) e um retardo da recuperação da frequência respiratória (FR) às condições basais (efeito momento p=0,000). Quando considerada a RCE, o grupo com maior faixa (G2) apresentou um retardo da recuperação vagal, avaliado pelos índíces HF [ms2] e SD1 (efeito momento p=0,000), e um retardo da recuperação da frequência respiratória (FR) e pressão arterial diastólica (PAD) às condições basais (efeito momento p=0,000). Entretanto em ambos fatores antropométricos não foram observadas diferenças significativas entre os grupos (p>0,05) e na interação momentos vs. grupos (p>0,05) para as variáveis autonômicas e cardiorrespiratórias. Conclusão: Homens saudáveis fisicamente ativos com maiores faixas de RCQ e RCE apresentaram um retardo na recuperação do controle autonômico cardíaco vagal e das variáveis cardiorrespiratórias (FR e PAD) após exercício aeróbio submáximo.