Efeitos do estímulo auditivo musical sobre a resposta autonômica cardíaca e parâmetros cardiorrespiratórios durante e após exercício submáximo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Gomes, Rayana Loch [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/133966
Resumo: Introdução: Os efeitos do estímulo auditivo musical (EAM) no corpo humano têm tido considerável interesse, principalmente em relação à saúde. Sabe-se que é um habito da população exercitar-se ouvindo música, e está bem descrito na literatura que, para o combate ao sedentarismo e doenças cardiovasculares o exercício de intensidade moderada é um dos mais utilizados. Em exercício o EAM pode influenciar diferentes efeitos, como retardo de fadiga, sensação de maior esforço e menor estresse. Em recuperação ainda são poucos os estudos encontrados na literatura. Além disso, durante a execução do exercício físico há o aumento da atividade do componente simpático do sistema nervoso autônomo (SNA), o que aumenta o risco de eventos como morte súbita cardíaca e arritmia ventricular. Diante disso, levantamos a hipótese que o EAM pode promover uma recuperação mais rápida dos parâmetros cardiorrespiratórios e uma recuperação do comportamento da modulação autonômica. Objetivo: Verificar a influência do EAM sobre o comportamento da modulação autonômica e dos parâmetros cardiorrespiratórios durante e após exercício submáximo. Métodos: 35 homens saudáveis foram submetidos a um protocolo experimental com três etapas: teste de esforço máximo, protocolo controle (PC) e o protocolo Música (PM), sendo 15 minutos de repouso, seguidos por 30 minutos de exercício em esteira ergométrica e por fim 60 minutos de recuperação. No PM houve exposição ao EAM durante o exercício e na fase de recuperação. Os parâmetros, frequência cardíaca (FC), pressão arterial (PA), frequência respiratória(f) e saturação de oxigênio (SpO2) foram observados durante o repouso inicial e na recuperação. E os índices da variabilidade da frequência cardíaca(VFC), no domínio do tempo (RMSSD e SDNN) e da frequência (LF e HF(ms2 e u.n.) e LF/HF), foram observados durante o repouso, durante o exercício e durante a recuperação. As comparações dos valores dos parâmetros e dos índices entre os protocolos e os momentos foram feitas por meio da técnica de análise de variância para o modelo de medidas repetidas no esquema de dois fatores. Para análise dos momentos foi utilizado pós-teste de Bonferroni ou pós-teste de Dunn. A significância foi fixada em 5%. Resultados: Na FC foram encontradas diferenças estatísticas (p<0,05) em relação ao repouso até o 40º minuto no PM enquanto que no PC até o final da recuperação. Para PAS, diferenças foram encontradas até o 10º minuto de recuperação no PC e até o 7º minuto no PM. O índice RMSSD se recuperou mais rapidamente no grupo controle, bem como o HF. Entretanto a razão LF/HF se recuperou de modo mais rápido no grupo exposto ao EAM. Conclusão: EAM por meio da música clássica foi capaz de recuperar FC e PAS mais rapidamente, porém não foi capaz de acelerar a recuperação da modulação autonômica.