Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Fuentes Rojas, Liz Jiannine |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/210991
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Resumo: |
RESUMO - O gênero Mazama está cercado de incertezas taxônomicas devido à alta diversidade cariotípica inter e intra-específica, origem polifilética e convergência morfológica, sendo que o número de espécies descritas em diferentes revisões varia entre quatro e dezoito. Dentro da espécie Mazama americana é sugerida a existência de novas espécies, já que além das diferenças moleculares e citogenéticas, existem evidências de isolamento reprodutivo pós-zigótico entre populações de veado-mateiro. Na Bolívia, até o momento foram descritas duas formas do gênero Mazama. A primeira delas é M. sarae Thomas, 1925; uma forma de veado vermelho descrito na região sul da Bolívia. Atualmente é considerado sinônimo de M. americana, com base nas características morfológicas daquele único exemplar descrito por Thomas (1925), sem nenhum tipo de abordagem genética. A segunda é M. chunyi Hershkovitz, 1959; uma forma de veado marrom de tamanho pequeno, que habita gradientes altitudinais de Puna-Yungas, no noroeste da Bolívia. Apesar de ser aceita como espécie única, as análises moleculares tem sido escassas e ainda não foi descrita cromossomicamente. Portanto, o presente estudo objetivou a caracterização de um topótipo de Mazama sarae e um topotipo de Mazama chunyi, sob aspectos morfológicos (biometria corporal, padrões de coloração da pele, craniometria), citogenéticos (coloração convencional Giemsa, biometria cromossômica, bandamento C, bandamento G, coloração Ag-NOR), e moleculares (análises filogenéticas do genoma mitocondrial, no caso de M. sarae, e de 3 genes mitocondriais para M. chunyi). Os resultados morfológicos posicionam ambas as espécies no clado dos pequenos Mazama (M. temama, M. nana, M. nemorivaga e M. gouazoubira). Segundo os padrões citogenéticos, os topótipos de ambas as espécies não se enquadram em nenhuma variante das espécies de Mazama atualmente conhecidas. As árvores filogenéticas geradas para o topótipo de M. sarae, permite evidenciar a espécie dentro da subtribo Odocoileina, mostrando uma distância considerável em relação ao M. americana e ao resto das espécies incluídas na subtribo. Por sua vez, o topótipo de M. chunyi, posiciona-se dentro da subtribo Blastocerina, próximo ao haplogrupo monofilético formado pelos espécimes de M. gouazoubira. Assim, propõe-se a caracterização de um topótipo para cada espécie estudada, o qual é o ponto de partida para a descrição de novas espécies e possível mudança completa na nomenclatura do gênero Mazama. |