Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Talga, Jaqueline Vilas Boas [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/158317
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Resumo: |
Este trabalho tem por propósito apreender e discutir as concepções e práticas dos movimentos de adeptos e sacerdotes dos cultos ancestrais iorubas, entre o Golfo de Benin e o Brasil. Trata-se de um relato etnográfico focado nos movimentos atuais, cuja notável recorrência, inscrita em sucessivas trajetórias de vida, conduz ao questionamento de sua profundidade temporal, como de sua própria inteligibilidade na tessitura de laços linhageiros. A partir do cotejamento de esparsas referências disponíveis a trajetórias de vida que remontam à constituição de cidades estados em território ioruba em África e terreiros de Cambomblés no Brasil, ainda à vigência do regime escravagista, distinguimos uma parcela de africanos livres, libertos e seus descendentes que forjaram, ora por vontade, ora por imposições, as movimentações de retorno ao continente africano, ou mesmo, de contínuas viagens dos dois lados do oceano Atlântico. Consideramos a seguir, de modo particular, dentre os retornados e os viajantes, os que irão formar redes sociorreligiosas de transeuntes, e redes sociorreligiosas de matrimônios transatlânticos. Já no início do século XX passamos a notar nas movimentações estabelecidas por simpatizantes, iniciados ou não no culto dos Orixás, a participação destacada de intelectuais e artistas que passam a intermediar trocas entre adeptos dos dois lados do Atlântico. No período mais recente das movimentações, percebemos novas nuances incidentes nas motivações para a travessia do Atlântico Sul, dentre elas algumas promovidas pelos desdobramentos não esperados de convênios bilaterais entre Brasil e Nigéria, e de modo especial, as incitadas pelo movimento de africanização dos cultos brasileiros que reacende a busca direta dos ritos dirigidos por sacerdotes iorubas nigerianos, tanto no Brasil como em África |