Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Georgea Espindola |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192940
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Resumo: |
Introdução: A sífilis congênita é citada como indicador de risco para deficiência auditiva e apesar de ter sido erradicada após a era da penicilina, nos últimos anos houve um progressivo aumento de sua incidência no Brasil, no entanto poucos casos acarretam com o desfecho de deficiência auditiva, em decorrência da identificação precoce da sífilis materna, ainda no pré-natal, o que possibilita o tratamento precoce, evitando-se ao máximo a contaminação do feto pelo Treponema pallidum. Ainda assim, a literatura recomenda o acompanhamento do desenvolvimento auditivo dessas crianças, inclusive as que foram apenas expostas a sífilis materna na gestação. Objetivo: Analisar as respostas auditivas de recém-nascidos expostos à sífilis materna, por meio de exames eletroacústicos e eletrofisiológicos. Método: Participaram do estudo 90 recém-nascidos a termo, divididos em dois grupos: Grupo exposto à sífilis materna, composto por 41 recém-nascidos e Grupo controle, composto por 49 recém-nascidos sem indicadores de risco para deficiência auditiva. Os recém-nascidos foram atendidos no programa de triagem auditiva neonatal universal, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, por meio do exame de emissões otoacústicas por estímulo transiente (EOE-t), com resultado “passa”, em ambas as orelhas, e potencial evocado auditivo de tronco encefálico (PEATE) com diferentes taxas de repetição do estímulo clique sendo: 21.1 c/s, 51.1 c/s e 91.1c/s. Resultados: Mesmo apresentando resultado “passa”, as amplitudes das EOE-t do Grupo exposto à sífilis apresentaram valores inferiores, quando comparados aos valores do Grupo controle, especialmente na frequência de 4 kHz à direita. Não foram encontradas diferenças nas latências do PEATE entre os participantes ao se empregar a taxa de repetição do estímulo clique de 21.1 c/s. A taxa de repetição de 51.1 c/s mostrou aumento do intervalo interpico III-V na orelha esquerda, para o grupo exposto à sífilis materna. Utilizando-se a taxa de repetição do estímulo clique de 91.1 c/s observou-se aumento da latência da onda V e do intervalo interpico III-V em ambas as orelhas, e aumento do intervalo interpico I-V à esquerda para o grupo exposto à sífilis. Conclusão: As amplitudes de respostas das EOE-t foram reduzidas nos recém-nascidos expostos à sífilis materna, o que mostra a importância também da análise desse aspecto na interpretação do resultado desse exame. As diferenças nas latências do PEATE com o aumento da taxa de repetição do estimulo clique, sugerem que recém-nascidos expostos à sífilis materna apresentam atraso na condução neural do som. |