Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Rayana Loch [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/191241
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A obesidade é uma doença complexa e multifatorial caracterizada pelo acúmulo anormal ou excessivo de gordura corporal, que acarreta prejuízos à saúde dos indivíduos. Nesse contexto, prevenir e tratar essa doença e suas complicações metabólicas é fundamental e a primeira opção para seu manejo é a mudança no estilo de vida composta pela prática de atividade física e dieta. Alguns alimentos específicos podem promover benefícios contra a obesidade, como é o caso da chia fonte de ácido α-linolênico, o qual apresenta efeito hepatoprotetor e cardioprotetor. Entretanto, não são conhecidos pelo nosso grupo estudos que associem a suplementação do óleo de chia com o exercício físico. OBJETIVO: Avaliar os efeitos da suplementação de óleo de chia aplicada isoladamente e associada ao treinamento aeróbio (TA), sobre composição corporal, perfil lipídico, acúmulo de gordura hepática, função e estrutura cardíaca de ratos alimentados com dieta hiperlipídica. MÉTODOS: A pesquisa foi realizada com ratos machos Wistar, divididos em quatro grupos: Controle normocalórico (CN) – alimentados com dieta comercial por 14 semanas; Controle obesogênico (CO) – alimentado com dieta obesogênica hiperlipídica; Dieta obesogênica e suplementado com óleo de chia (OOChia) e Dieta obesogênica suplementada com óleo de chia e associada a treinamento aeróbio (OTOChia). Os grupos obesogênicos foram alimentados com dieta de cafeteria sendo que o ganho de peso foi monitorado uma vez na semana e a ingestão de dieta a cada dois dias. O protocolo durou 14 semanas e as intervenções foram iniciadas após a 6ª semana, totalizando 8 semanas de intervenção. O óleo de chia foi suplementado por meio de gavagem diária (1mL) e o TA foi por meio de natação com duração de 30 minutos e frequência de 3 vezes na semana. Cinco dias antes da eutanásia foi realizado o exame de ecocardiografia para avaliação funcional do coração. Ao final das 14 semanas os animais tiveram o sangue coletado em jejum e, após a exsanguinação, o fígado, coração e os tecidos adiposos epididimal (TAE), mesentérico (TAM) e retroperitonial (TAR) foram retirados para as análises de quantidade de gordura no fígado, estrutura cardíaca e composição corporal. Os lipídios nos fígados foram mensurados por Bligh & Dyer, alíquotas do tecido hepático foram fixadas em formalina tamponada e encaminhadas para análise histológica, perfil lipídico foi analisado por meio de método colorimétrico, lâminas histológicas do coração foram confeccionadas, coradas com hematoxilina/eosina para mensuração das áreas de secção transversa dos cardiomiócitos e análise da dimensão fractal. As comparações entre os grupos foram realizadas pela análise de variância ANOVA - One Way com pós teste de Tukey para dados normais ou Kruskal-Wallis com pós teste de Dunn para dados não normais. O nível de significância adotado foi de 5%. RESULTADOS: Os resultados estatísticos demostram que o óleo de chia, quando administrado por 8 semanas de maneira isolada, induziu menor ganho de TAE, diminui triglicérides e colesterol total, e aumentou HDL colesterol. Ainda menor área dos cardiomiócitos e menor valores de dimensão fractal foram observados para o grupo OOChia. Já a associação do óleo de chia com o TA levou a menor ganho de peso cumulativo, menor aumento de TAE, TAM e TAR, assim como diminuiu triglicérides e aumentou HDL colesterol. Além disso, também apresentou menores valores de dimensão fractal. CONCLUSÃO: O consumo de óleo de chia de maneira isolada ou associado com o TA, durante 8 semanas, produz efeitos positivos no perfil lipídico, tecido adiposo, acúmulo de gordura hepática e estrutura cardíaca em ratos alimentados com dieta hiperlipídica. |