Pinóquio e a festa do corpo: em artesanias, a vida espetáculo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Souza, Carolina Gonçalves [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151714
Resumo: A presente tese de doutorado tem por intento buscar compreender o que vem a ser o aspecto da humanização no boneco-personagem Pinóquio, adentrando, interrogando, conhecendo, ainda que parcialmente, em quais condições a obra foi escrita. O percurso metodológico seguiu de acordo com o paradigma indiciário proposto por Ginzburg e a ideia de artesania desenvolvida por Santos, entrelaçando pesquisa bibliográfica à releitura da obra, seguindo pistas referentes à vida do autor – Carlo Collodi, compondo uma narrativa científico-poética. Os aportes teóricos sobre o estudo da linguagem abarcam os escritos de Bakhtin, Rancière, Benjamin e Deleuze e Guattari, além das provocações de Calvino sobre a escrita. Autores como Marcheschi, Bertacchini, Biagi, Lorenzini e Bronzuoli somaram ao estudo da obra As aventuras de Pinóquio. O levantamento bibliográfico inicial indicou que a maioria das pesquisas brasileiras não buscou compreender o processo de humanização do boneco na relação/tensão com o seu criador. A pesquisadora, artista, atenta para a superfície da obra, nas passagens em que a narrativa se desdobra, anda pelas bordas, inventa outro texto: uma leitura renovada, em que a potência do riso toma forma. Pinóquio, pelo riso, mostra para além de uma vida impertinente, uma escrita inventiva de seu autor.