Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Coelho, Isabel Lopes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-22032019-101536/
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Resumo: |
Este trabalho visa estudar a representação da infância e da criança em romances europeus escritos entre 1850 e a primeira década do século XX. O corpus analisado compõe-se de três obras que se inserem na chamada literatura infantojuvenil. A primeira intitula-se Sans famille, escrita pelo francês Hector Malot e publicada em 1878. A segunda, de autoria do italiano Carlo Collodi, é o clássico As aventuras de Pinóquio, publicado entre 1881 e 1883. E, finalmente, a terceira obra, Peter e Wendy, foi escrita por J. M. Barrie e publicada em 1911. A pesquisa leva em conta alguns fatores decisivos para o desenvolvimento da literatura infantojuvenil europeia. Um deles é a percepção de que a infância constitui, de fato, uma fase de desenvolvimento marcadamente distinta da adulta. O mercado editorial, atento às percepções de sua época, passa a produzir uma quantidade de obras destinadas ao público jovem, algo até então sem precedente. Tais obras se diferenciam das antecessoras em especial pela linguagem e pelos temas de interesse específico deste público. Além disso, a própria literatura irá incorporar em sua narrativa a criança e o jovem como protagonistas, reforçando ainda mais o contato com esse novo público leitor. Sob a inspiração dos ensaios de Erich Auerbach em sua obra Mimesis, também neste trabalho foram selecionadas três obras de culturas diferentes e que pudessem trazer informações sobre a representação ficcional da infância. A narrativa francesa Sans famille, imbuída dos movimentos sociais do século XIX, traça um retrato da criança abandonada (enfant trouvé), estigmatizada desde seu nascimento, um fenômeno presente em toda a Europa. Em As aventuras de Pinóquio, o tema é outro: em uma Itália recém-unificada pela força, o romance de Pinóquio problematiza a questão educacional, que será a bandeira do novo governo. Por fim, Peter e Wendy representa crianças autônomas representando a crise de valores entre as expectativas dos adultos e os desejos das crianças e, assim, acena para a moderna literatura do século XX. Esta tese defende que tais obras são capitais para o surgimento de uma nova narrativa destinada ao público infantojuvenil e que seus protagonistas iniciaram uma nova representação de personagem criança na literatura, especialmente Pinóquio e Peter Pan. Ao final, o leitor encontra uma entrevista com o pesquisador inglês Peter Hunt, realizada exclusivamente para este trabalho. |