Controle da formiga cortadeira, Atta sexdens (Hymenoptera: Formicidae), utilizando inseticidas: estudo sobre os mecanismos comportamentais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Mota Filho, Tarcísio Marcos Macedo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/237456
Resumo: As formigas cortadeiras do gênero Atta, Acromyrmex e Amoimyrmex (Hymenoptera: Formicidae) são consideradas importantes pragas de plantios florestais, da agricultura e pecuária. Isca tóxica contendo o princípio ativo sulfluramida ou fipronil é o principal método de controle destes insetos. Contudo, ainda sabe-se pouco sobre como ocorre a dispersão do inseticida no interior da colônia, se por trofalaxia entre as operárias da colônia, ou se seus comportamentos de autolimpeza, limpeza mútua, bem como o contato entre operárias contaminadas e não contaminadas proporcionam a dispersão. O objetivo do estudo foi determinar se os comportamentos de autolimpeza, limpeza mútua, ou toque entre operárias de Atta sexdens (Hymenoptera: Formicidae) dispersa os inseticidas fipronil e sulfluramida entre os membros de um grupo ou colônia. Para isso esses inseticidas foram aplicados topicamente em operárias e as interações entre operárias contaminadas e não contaminadas, a nível de grupo e de colônia foram estudadas. Com o aumento do tamanho do grupo ou de operárias contaminadas na colônia, a frequência de interações entre operárias aumentou, sendo o toque o comportamento mais frequente. Os inseticidas foram transmitidos por contato direto entre as operárias, seguido de auto-limpeza e limpeza mutua. Esses comportamentos foram responsáveis pela rápida dispersão dos inseticidas entre os membros do grupo ou colônia. Os resultados, portanto, sustentam a hipótese de que as interações sociais promovem a contaminação e dispersão de inseticida entre membros de um grupo ou colônia.