Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Penatti, Debora Avellaneda |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/202152
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Resumo: |
Introdução: A doença inflamatória intestinal de início muito precoce na infância (DII-VEO) é uma entidade rara, agressiva, de difícil controle, que ocorre em crianças menores de 6 anos. O diagnóstico correto e o tratamento adequado são importantes para prevenir complicações. Objetivo: Analisar as características clinico-patológicas e a evolução de todas as crianças com diagnóstico de DII-VEO, atendidas no serviço de Gastroenterologia Pediátrica da Faculdade de Medicina de Botucatu- Unesp. Métodos: Foram analisados retrospectivamente 20 casos de crianças com diagnóstico de DII-VEO. A casuística compreendeu 13 crianças com características clínico patológicas de retocolite ulcerativa (RCU) e 7 crianças com doença de Crohn (DC). Foram feitas comparações entre os grupos quanto aos dados clínicos, demográficos, antropométricos, laboratoriais, colonoscópicos e histopatológicos. Resultados: A mediana de idade do grupo RCU foi 48 meses e do grupo DC 14 meses. Houve predomínio de meninas (17/20). O grupo DC apresentou maior comprometimento do peso e estatura quando comparado ao grupo RCU. Diarreia e sangue nas fezes foram os sintomas mais prevalentes em ambos os grupos. Doença perianal foi identificada em todos os casos do grupo DC. Anemia, aumento do PCR e hipoalbuminemia foram mais intensos no grupo DC do que no grupo RCU, necessitando maior intervenção nutricional, como terapia nutricional enteral e tratamento mais agressivo. O grupo DC apresentou maior número de complicações, como linfoma (2/7), colectomia total (1/7) e óbitos (2/7). Histologicamente houve diferença significativa entre o grupo RCU e o grupo DC. Inflamação com presença de plasmocitose, microabscessos de criptas e distorção arquitetural das criptas foram características do grupo RCU. Inflamação focal, presença de granulomas e ausência de distorção de criptas foram características das biópsias do grupo DC. Conclusão: É possível elaborar o diagnóstico correto de doença inflamatória intestinal de início muito precoce na infância (DII-VEO) em centros especializados de Gastroenterologia Pediátrica no Brasil. Nosso estudo demonstrou que é possível fazer o acompanhamento clínico adequado e obter resultados satisfatórios, seguindo as diretrizes internacionais de conduta terapêutica para esta entidade. |