Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Herrerias, Giedre Soares Prates [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/216884
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Resumo: |
Introdução: Doença inflamatória intestinal (DII) caracteriza-se por inflamação crônica do intestino, e suas formas mais comuns são a Doença de Crohn (DC) e a Retocolite Ulcerativa (RCU) que necessitam de cuidado contínuo. O contato constante com a equipe multiprofissional e a qualidade do atendimento interferem na adesão ao tratamento e na qualidade de vida (QV) dos pacientes, e consequentemente, na eficácia do tratamento. Consensos internacionais recomendam que os centros de referência em DII devem ser compostos por equipe multidisciplinar, com a presença de gastroenterologista clínico, coloproctologista ou cirurgião do aparelho digestivo, nutricionista, enfermeiro e psicólogo, entre outros profissionais. O objetivo do estudo foi avaliar a importância da equipe multidisciplinar na visão dos pacientes com DII. Métodos: Foi desenvolvido um estudo transversal e descritivo, com inclusão de 114 pacientes atendidos no Ambulatório de DII do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu. Os dados sociodemográficos e clínicos, juntamente com a relevância da equipe multidisciplinar, foram avaliados. A importância da equipe multidisciplinar foi avaliada por meio de questionário específico desenvolvido para a pesquisa com as respostas: nada importante, sem importância, importante e muito importante para cada profissional. Os pacientes listaram os profissionais em ordem de importância. A QV foi avaliada pelo questionário IBDQ. A adesão ao tratamento e o conhecimento da doença foram avaliados pelos questionários Morisky e CCKNOW, respectivamente. Resultados: Foram incluídos 69 (60,53%) pacientes com DC e 45 (39,47%) com RCU. A idade média foi de 39,16±13,50 anos, 67 (58,77%) do sexo feminino. O tempo de diagnóstico foi de 9,88±7,35 anos. Presença de comorbidades foi observada em 52,63% da amostra. Cem por cento dos pacientes realizaram consultas com o gastroenterologista clínico, e menos da metade com psicólogo (48,25%), nutricionista (47,37%), enfermeiro DII (43,86%) e coloproctologista (42,98%). Observou-se que os atendimentos do enfermeiro e coloproctologista são mais prevalentes nos pacientes com DC. As três categorias citadas como muito importante/importante foram: gastroenterologista (99,12%), coloproctologista (96,55%) e endoscopista (93,47%), em 4ª posição o enfermeiro especialista em DII (93,26%), em 6ª posição o nutricionista (90,63%) e em 10ª posição o psicólogo (84,61%). A QV foi considerada excelente ou boa em 45,61% dos pacientes. A adesão ao medicamento foi baixa em 58,88% dos pacientes. O conhecimento sobre a doença foi baixo (6,21 ± 3,99 pontos), sendo maior dentre os pacientes com DC (p = 0,01). Conclusão: Os pacientes consideraram os médicos como os profissionais mais importantes no seu atendimento. Embora o serviço conte com equipe multidisciplinar, nem todos os pacientes tiveram oportunidade de passar em consulta com todos os profissionais. A falta de contato com toda a equipe, principalmente com o enfermeiro, pode ter contribuído para a baixa adesão medicamentosa e para o baixo conhecimento da doença, impactando no controle da doença e na QV. O cuidado holístico ao paciente é recomendado, enfatizando a importância de todos os profissionais do atendimento multidisciplinar para todos os pacientes com DII. |