Caracterização de escolares atendidos em um serviço de atenção primária: o Centro de Saúde Escola de Botucatu

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Coelho, Marianna Cristina Romeu
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214006
Resumo: O aprendizado é um aspecto necessário e universal para o desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente organizadas. A criança pode apresentar dificuldades no aprendizado, no amplo espectro de desafios que impedem o desempenho esperado em uma ou mais áreas, sendo que a dificuldade escolar é motivo de encaminhamento frequente para consulta de pediatria. Objetivos: Caracterizar os escolares em atendimento no Programa de Saúde do Escolar do Centro de Saúde Escola de Botucatu. Método: Estudo transversal a partir de entrevistas com pais e escolares, e dos registros de prontuários. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, com levantamento de dados entre janeiro e julho de 2019 numa amostra de conveniência. Análise estatística realizada, com nível de significância de 5%. Resultados: Dos 23 escolares avaliados, 88% eram do sexo masculino (p<0,05) e 52% tinham idade acima de 10 anos. Dezesseis (70%) autodenominaram-se brancos e, 21 (95%) estudavam em escola pública, quase 70% destes foram encaminhados através da Escola. Os motivos de encaminhamento foram: 39,1% por desatenção; 34,7% por dificuldade de comportamento no ambiente escolar e 30,4% por dificuldade no aprendizado. Três escolares (13%) relataram sentir-se como “estranhos” no ambiente escolar (p<0,0001) e, dezenove (82,6%) referiram que os professores são disponíveis para esclarecer dúvidas; enquanto um (4,3%) relatou que o professor nunca pode responder as questões (p <0,0001). Entre os maiores de 10 anos, o estudo como perspectiva de uma profissão futura foi mais frequente (90%), enquanto que os menores de 10 anos, 88,9% referiram o aprendizado em si (p=0,002). Entre os pais, oito não relataram nenhum problema de aprendizado do seu filho. Quanto à escolaridade dos entrevistados, 60% destes finalizaram o ensino médio e 4% finalizaram o ensino superior. Considerações: As desigualdades sociais podem ser reforçadas na educação, com o predomínio de meninos e da raça branca entre os estudantes, podendo também a valorização do estudo ser um preditor socioeconômico do desempenho escolar. Há diferentes percepções sobre a importância dos estudos entre crianças e adolescentes. A dificuldade no aprendizado, mostrou uma diversidade de causas, relacionadas ao escolar, ao professor ou à organização da sala de aula, porém o modelo pedagógico adotado, ou a não individualização da criança no processo de aprendizado não foi considerado na fala destes.