Estudantes com indicadores de altas habilidades/superdotação e queixas escolares: concepção de suas mães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Cunha, Victor Alexandre Barreto da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/157321
Resumo: O presente estudo tem como objetivo identificar características de estudantes com indicadores de Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD) observadas por suas mães em algum campo do saber, e suas relações/associações com queixas escolares e problemas de comportamento. Participaram do estudo 13 mães, com idade de 29 a 48 anos e nível de escolaridade do Ensino Fundamental ao Doutorado e seus(suas) filhos(as) com idade de 5 a 14 anos. Os dados foram obtidos a partir dos intrumentos: Checklist de Características Associadas à Superdotação – CCAS; Avaliação de Conhecimentos Acerca da Superdotação (ACAS); Roteiro de Entrevista Semiestruturada para a Família; Entrevista de Anamnese e Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ-Por). A coleta foi realizada nas dependências do Centro de Psicologia Aplicada (CPA), na Universidade Estadual Paulista – UNESP – campus de Bauru, Estado de São Paulo, em 2016/2017. Os dados qualitativos da entrevista, foram analisados e categorizados de acordo com a análise de conteúdo de Bardin e do software IRAMUTEQ. Os dados do CCAS, ACAS, Anamnese e SDQ-Por foram contabilizados para dois grupos de mães em função da escolaridade, utilizando-se estatística descritiva e teste estatístico de hipóteses, para verificar associação entre variáveis qualitativas. Como resultados, no CCAS, as mães apontaram em seus(as) filhos(as) características associadas à superdotação, tais como: capacidade incomum de raciocínio lógico; vocabulário avançado para a idade; curiosidade e senso questionador. No ACAS, observou-se que as mães apresentaram um bom entendimento acerca das AH/SD, porém, desvelaram alguns mitos. A entrevista revelou que as mães observam nos filhos habilidades acima da média, facilidades para aprender, comprometimento com a tarefa, persistência, facilidade em raciocínio lógico-matemático, curiosidade, gosto pela leitura, habilidades acadêmicas, artísticas, criatividade, espírito questionador e busca pelo conhecimento. Nas queixas escolares, 73% das mães relataram receber queixas escolares de seus(as) filhos(as), dentre as quais estão os problemas de comportamento no ambiente escolar, indisciplina, dificuldades na interação social com seus pares e queixas associadas ao fato de terem AH/SD. Na entrevista de anamnese, as mães indicaram que seus(as) filhos(as) apresentam boa memória, mantêm-se atentos às tarefas escolares, estabelecem contato com outras crianças, demonstram agilidade em andar de bicicleta. Já no SDQ-Por, as mães avaliaram seus(as) filhos(as) dentro da normalidade, para as subescalas de sintomas emocionais e hiperatividade, problemas de conduta como limítrofe, para a subescala de problemas de relacionamento com os colegas como não-padrão, sendo que todas as mães atribuíram comportamento pró-social aos seus(as) filhos(as). Dessa forma, há indícios de que as mães são boas identificadoras, independente da escolaridade e percebem características e/ou habilidades específicas ligadas às AH/SD de seus(as) filhos(as) desde muito cedo, a partir da primeira infância, bem como de uma relação entre as queixas escolares com as características associadas às AH/SD.