Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Elton Lopes da [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193342
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Resumo: |
A educação, atualmente, realiza complexas e dialéticas reflexões e encaminhamentos sobre as dificuldades de aprendizagem. São diversos os vértices a serem analisados em relação às queixas de aprendizagem: a definição terminológica e seus interesses, a segregação e o sectarismo opressor, a função social da escola, a postura dos educadores e o contexto marcado por uma disparidade social. Outro recorte é o contexto familiar, que pode favorecer ou não a construção do conhecimento e o desenvolvimento do educando, sendo muitas vezes apontado por profissionais da educação como uma das causas das dificuldades de aprendizagem. Por isso, o presente estudo, que faz parte de uma série de investigações que vêm sendo levadas a efeito no GEADEC (Grupo de Estudos e Pesquisas em Aprendizagem e Desenvolvimento na Perspectiva Construtivista), busca caracterizar os contextos familiares de crianças com e sem queixa de dificuldades de aprendizagem e compreender como são vistos os papéis da família pelos educadores e dos educadores pelas famílias. Todavia, não buscamos assumir aqui uma postura ingênua de acreditar que as dificuldades de aprendizagem se reduzem ao contexto familiar e nem validar um pessimismo de acreditar que a aprendizagem escolar reproduzirá um contexto familiar desfavorável mecanicamente e/ou será determinado por ele. Acreditamos que tais processos são intrínsecos um ao outro e podem ser ampliados e transformados. Para atender ao nosso objetivo, adotamos uma abordagem quanti-qualitativa e lançamos mão de entrevistas semiestruturadas em uma escola pública municipal do interior de São Paulo. Três professoras aceitaram participar voluntariamente da pesquisa, sendo duas delas do terceiro ano do Ensino Fundamental e uma do quarto ano do mesmo ciclo. Elas indicaram cinco alunos com bom desempenho e cinco alunos com dificuldades de aprendizagem. Realizamos entrevistas com os 10 pais dos alunos indicados e as três professoras. Essas entrevistas tratavam do histórico de saúde e da vida acadêmica do aluno, das condições socioeconômicas e culturais da família e da rotina da criança, além da visão de pais e professores sobre a interação entre a família e a escola. Os resultados evidenciam que as características do contexto familiar e as condições socioeconômicas tanto dos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem como dos alunos com bom desempenho, não apresentam disparidades significativas, capazes de justificar a diferença no desempenho escolar. Por outro lado, notamos que as professoras se incluem como responsáveis no processo de aprendizagem quando o aluno obtém bom desempenho, entretanto, o mesmo não ocorre quando existem as dificuldades de aprendizagem e as responsabilidades são centradas na criança e na família. |