Conhecimento oftalmológico entre médicos da rede de saúde da família que atuam na DRS-VI

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Chaves, Igor Leonardo Carmona
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183392
Resumo: O primeiro atendimento prestado a queixas oftalmológicas no sistema SUS, em geral, é feito por médicos do Programa de Saúde da Família e Comunidade (SFC). Avaliar o conhecimento oftalmológico destes profissionais poderia indicar se há necessidade de treinamento, visando reduzir a demanda oftalmológica nos níveis secundário/terciário, assim como, prevenir a cegueira. Objetivo: Avaliar o conhecimento oftalmológico dos médicos que integram as Equipes de Saúde da Família (ESF) da DRS-VI, visando a melhoria do atendimento oftalmológico. Método: Trata-se de um estudo do tipo transversal, observacional, baseado em questionário eletrônico, visando avaliar o perfil de formação e conhecimento oftalmológico dos médicos das equipes de SFC que atuam na DRS-VI. A coleta de dados ocorreu de outubro de 2018 a fevereiro de 2019. Os dados foram avaliados por meio de análise estatística descritiva. Resultados: Cento e quinze médicos responderam ao questionário completo. Dentre os entrevistados, 81 (70,4%) eram do sexo masculino e 58 (50,4%) cursaram a graduação em instituição pública. A análise comparativa mostrou que o conhecimento oftalmológico não difere entre médicos de sexos diferentes ou entre os graduados em instituição pública ou privada. Apesar do viés de poucos médicos (20% dos entrevistados) terem realizado especialização em MFC, o fato de realizar o curso não provocou efeito significativo sobre a porcentagem de acertos. Segundo os respondentes, 58 (50,4%) relataram atender indivíduos com queixas oftalmológicas, “algumas vezes”. Apenas 22 entrevistados (19,1%) consideraram ter conhecimento suficiente em relação às principais afecções oculares, enquanto que 82 (71,3%) se julgavam capazes de identificar urgências oftalmológicas. Todavia, quando interrogados sobre casos que podem levar a transtornos visuais irreversíveis, houve baixo percentual de acertos, com somente 51 (44,3%) capazes de reconhecer os sinais de glaucoma agudo, assim como 65 (56,5%) conseguem manejar corretamente casos de perfuração ocular no momento inicial. Apenas 47 (40,9%) responderam corretamente que a cirurgia de catarata congênita deve ser indicada assim que diagnosticada. Somente 52 (45,2%) associaram a síndrome do olho vermelho à úlcera de córnea fúngica em trabalhador rural. Conclusão: Nossos resultados apontam que o conhecimento oftalmológico dos MSF é deficiente. A capacitação dos MSF poderá auxiliar para melhoria da prestação efetiva de atendimento oftalmológico no nível primário dentro do Sistema SUS.