O alcance espacial de grandes estabelecimentos de saúde: a centralidade da cidade média de Presidente Prudente-SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Engel, Priscila Estevam
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/236324
Resumo: A dinâmica de funcionamento do sistema público de saúde se constituiu numa questão que permeia o cotidiano da população no país. Esta pesquisa está inserida neste recorte e se direciona aos estudos dos espaços urbanos que intermediam serviços para um grupo de cidades. Como objetivo geral buscou-se compreender a centralidade exercida pela oferta de serviços de atendimento médico-hospitalar nas cidades médias paulistas, em especial, em Presidente Prudente. A hipótese da pesquisa é de que um grande estabelecimento de saúde, o Hospital Regional de Presidente Prudente (HR), exerceria forte polarização, uma vez que os equipamentos e serviços de saúde das cidades da região de Presidente Prudente seriam de menor envergadura, tanto quantitativa quanto qualitativamente, para o atendimento da população demandante, o que exigiria o deslocamento desses usuários até outro centro urbano para a resolução de seus problemas médicos, hospitalares e/ou ambulatoriais. A fim de atingir o objetivo e confirmar o refutar a hipótese utilizamos diferentes procedimentos metodológicos, sendo: 1. Revisão bibliográfica; 2. Entrevistas com agentes bem-informados; 3. Trabalhos de Campo e; 4. Produção e organização de informações com dados secundários e produção cartográfica associada. Como principais resultados, destacamos que existe uma rigidez nos limites da regionalização de saúde e que esta pode acarretar muitos problemas. Primeiramente, o Hospital Regional recebe recursos referentes ao total de habitantes da sua região, ao atender pacientes de fora ele não está recebendo por esse atendimento. Outro problema é que o Ministério da Saúde não atualiza o número de equipamentos obrigatórios por região, um aparelho de ressonância magnética não consegue atender toda a população da região de Presidente Prudente. Por fim, a rigidez da regionalização faz com que, por exemplo, um paciente da cidade de Pracinha que precise de sessões de radioterapia tenha que se deslocar até Marília, o polo de alta complexidade da sua região e não possa ser atendido em Presidente Prudente, o polo mais próximo. Nesse caso há uma divergência entre a regionalização da REGIC (2018) e a regionalização dos Departamentos Regionais de Saúde. Diante disso, inferimos que o alcance espacial do Hospital Regional é muito maior do que os dados nos apontam, pois, as pessoas usam de diferentes estratégias para conseguir atendimento se elas forem de fora da região de influência.