Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Bica, Mário Sérgio Nunes
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Orientador(a): |
Roehrs, Rafael
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pampa
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde
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Departamento: |
Campus Uruguaiana
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/5560
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Resumo: |
Pensar sobre avaliação exige a reflexão não somente de um processo técnico, mas também político. Discutir avaliação envolve uma reflexão, não somente da prática docente, mas também de um conjunto de fatores influenciados pela comunidade escolar. Portanto, devemos contemplar diferentes objetivos, procedimentos, instrumentos, e, sobretudo, valorizar a dimensão social e afetiva em que se situam estudantes e professores. A legislação brasileira aponta que os aspectos qualitativos devem sobrepor-se aos quantitativos no modo de avaliar os estudantes, porém, não estabelece objetivamente como estruturar esse modelo. Existe na literatura um amplo debate, com poucas investigações práticas, sobre como esses aspectos podem ser contemplá-los nos instrumentos avaliativos, inclusive na área do Ensino de Ciências. Nesse sentido, uma das grandes dificuldades no Ensino de Ciências é fazer com que os estudantes se apropriem dos diferentes instrumentos e símbolos utilizados para representar o discurso científico, conforme apontam as normas curriculares para a área e programas internacionais de avaliação. A linha de investigação das Múltiplas Representações, e estudos recentes da Neurociência salientam a importância de diferentes formas de comunicação no processo de ensino e aprendizagem, como forma de potencializar o processo cognitivo e neural, tão relacionados ao processo da aprendizagem. No entanto, o grande desafio que encontramos é como avaliar o uso de diferentes estratégias metodológicas utilizadas no ensino de ciências, e para isso torna-se necessário abrir mão de práticas avaliativas uniformes e convencionais. A avaliação deve subsidiar as decisões a respeito da aprendizagem dos estudantes concentrando-se no processo e não focando somente em um produto. O uso de avaliações sobre a variação representacional é necessário, e pode qualificar ainda mais o processo de educação em ciências. Em uma pesquisa-ação com estudantes de uma escola pública estruturamos uma Estratégia Metodológica que buscou levar coerência entre o processo de ensino aprendizagem, e os instrumentos avaliativos voltados a um grupo de conceitos científicos para uma turma de sexto ano do ensino fundamental. Foi possível discutir diferentes aspectos, analisados por meio de diferentes juízos de qualidade. Com isso, percebemos a importância do respeito ao ritmo, e a maneira como cada estudante constrói o seu conhecimento nas diferentes modalidades representacionais. Isso nos levou a inferir que as diferentes representações incitam a diferenciação, e não a indiferença em sala de aula. Dessa forma, acreditamos que a maneira como os instrumentos avaliativos foram inseridos nessa Estratégia Metodológica, se estabeleceram como uma alternativa viável de avaliação para o ensino fundamental, apresentando coerência com as diferentes representações empregadas. Além disso, essa pesquisa-ação procurou diminuir o distanciamento entre, o que a legislação e a literatura estabelecem, e o que de fato é praticado em sala de aula no Ensino de Ciências. |