Presença de Leishmania sp em equinos de zona urbana de Uruguaiana, Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Escobar, Taiane Acunha
Orientador(a): Duarte, Claudia Acosta
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Campus Uruguaiana
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/506
Resumo: A Leishmaniose é uma doença parasitária infeciosa, causada por protozoários do gênero Leishmania e transmitida pelo vetor flebótomo. Caracterizada como Doença Tropical Negligenciada, acomete diversas espécies de mamíferos, sendo o cão, atualmente, o principal reservatório em área urbanas. Os equinos também podem ser infectados, especialmente quando estão em contato com reservatórios ou vetores. No município de Uruguaiana – RS há um expressivo número de equinos utilizados na tração de cargas e como meio de transporte, com constante movimentação dentro do perímetro urbano. Esses animais vivem em condições precárias, submetidos a trabalhos excessivos e má nutrição. Frente a estes fatores somados à atual situação epidemiológica da leishmaniose visceral canina no município, o presente estudo foi realizado com o objetivo de identificar a presença de Leishmania sp em equinos urbanos do município de Uruguaiana-RS. Para a condução do experimento foram utilizadas amostras sanguíneas de 192 equinos testadas em três técnicas: sorológica (ELISA), imunocromatográfica (TR-DPP) e molecular (PCR). Na técnica de ELISA foi utilizado soro, testado com o Kit Ensaio Imunoenzimático para Diagnóstico da Leishmaniose Visceral Canina – Bio-Manguinhos e para o teste imunocromatográfico Teste Rápido Dual Path Platform utilizaram-se amostras de sangue total. As reações de PCR, após extração de DNA de sangue periférico dos animais, foram realizadas com quatro pares de iniciadores distintos. Todas as amostras testadas apresentaram-se não reagentes nos ensaios imunológicos. Entretanto, com o emprego da técnica PCR, mais sensível, houveram amostras positivas. Dos quatro pares de iniciadores testados, 75 amostras foram positivas, 52 com pelo menos um dos pares. Contudo, ao analisarmos individualmente os iniciadores, 58,6% foram positivos para LITSV/L5.8SR, 44% para LITSV/LISTSR, 28% para RV1/RV2, e 4% LITSR/L5.8S. Os resultados apresentados no experimento indicam a possibilidade de existência de Leishmania em equinos na região de Uruguaiana, embora os testes sorológicos não tenham apresentado reatividade para Leishmania. A técnica molecular possibilitou a detecção do gênero Leishmania nas amostras de sangue periférico dos equinos. Este foi o primeiro relato da infecção na espécie equina na região do extremo oeste do estado do Rio Grande do Sul. Contudo, se faz importante a realização de sequenciamento do fragmento para que se possa confirmar a identidade genética de Leishmania sp.