Efeitos da suplementação com extrato de chá verde sobre biomarcadores de fadiga e desempenho neuromuscular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Machado, Álvaro Sosa lattes
Orientador(a): Carpes, Felipe Pivetta lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Acadêmico em Bioquímica
Departamento: Campus Uruguaiana
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/3374
Resumo: A prática regular de exercício intenso é benéfica à saúde, mas quando realizada em dias consecutivos pode intensificar os efeitos deletérios da fadiga muscular, podendo gerar perda de atividade neuromuscular, aumento do dano às fibras musculares e incremento do risco de lesão. Estratégias para inibir ou retardar estes efeitos da fadiga, principalmente o estresse oxidativo, são desejáveis. Nesse contexto, o extrato de chá verde (ECV), derivado da Camellia sinensis, pode ser útil, visto que tem conhecidas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Neste estudo, nosso objetivo foi verificar se a suplementação com extrato de chá verde beneficia marcadores de dano muscular, estresse oxidativo e desempenho em condição de fadiga. Dezesseis atletas amadores treinados, todos homens, foram testados durante exercício de 9 ciclismo em duas condições de exercício: sem suplementação sem fadiga; e com suplementação (placebo, n=8; extrato de chá verde 500 mg/dia durante 15 dias, n=8) com fadiga (extensão de joelhos até a exaustão induzida em dois dias consecutivos). Coletas sanguíneas para determinação de marcadores de dano muscular e estresse oxidativo, e medidas de eletromiografia, para determinação da ativação elétrica neuromuscular dos vastos laterais, além de parâmetros de treinamento e frequência cardíaca, foram quantificados e comparados entre os grupos nas diferentes condições. Os valores normalizados de eletromiografia root mean square e mediana da frequência da eletromiografia não diferiram entre a pedalada sem e com fadiga no grupo chá verde, enquanto que o grupo placebo apresentou prejuízo na contratilidade muscular decorrente da fadiga. O maior custo de frequência cardíaca confirma que esse redução na EMG foi combinada por um aumento do esforço na tarefa. O ECV também foi capaz de inibir dano muscular e evitar o estresse oxidativo, ao contrário do grupo placebo na comparação entre as pedaladas sem e com fadiga. Dessa forma, as propriedades antioxidantes do chá verde parecem evitar o dano muscular induzido pelo estresse oxidativo e preservar a contratilidade muscular de atletas submetidos à fadiga em dias consecutivos. Sendo assim, a suplementação com chá verde pode ser considerada como uma estratégia válida para o treinamento físico em tarefas extenuantes.