Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Meotti, Otávio Backes |
Orientador(a): |
Noro, Mirela |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pampa
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Campus Uruguaiana
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/1644
|
Resumo: |
O período de transição é uma fase crítica na vida produtiva das vacas leiteiras, devido ao aumento do seu requerimento nutricional, concomitante a uma redução fisiológica na ingestão de matéria seca, e comprometimento imune. Devido a estes fatores, este período se associa a um estado catabólico, com alta incidência de enfermidades metabólico-nutricionais e infecciosas, que levam a perdas econômicas e deterioro do bem-estar animal. Como muitas dessas enfermidades são antecedidas por uma diminuição na ingestão de matéria seca (IMS), a avaliação de indicadores relacionados ao consumo poderiam servir para predizer o risco de doenças, durante o período de transição. Como o escore de enchimento ruminal (EER) apresenta uma boa correlação com IMS a presente dissertação teve dois objetivos: 1- correlacionar e comparar os escores de enchimento ruminal (EER, 1 a 5) com indicadores sanguíneos do balanço energético e mineral. 2- validar o escore de enchimento ruminal como ferramenta de monitoramento de saúde e taxa de retorno a ciclicidade em vacas leiteiras no período pré-parto. Para responder aos objetivos realizou-se um estudo de coorte com 113 vacas multíparas Holstein, e os resultados de cada objetivo são apresentados em 2 artigos separados. Para responder ao objetivo 1 foram coletados semanalmente nas semanas -2,-1, parto, +1,+2,+3, uma amostra de sangue para analisar as concentrações de βOH-butirato (BHBA), ácidos graxos não esterificados (NEFA), colesterol e cálcio, e aferido simultaneamente o EER e escore de condição corporal (ECC) das vacas. Nesse estudo comprovou-se que o EER correlacionou-se principalmente com o ECC. Também, se observou que o EER associou-se com indicadores sanguíneos estudados tanto no período pré como pósparto, sendo que vacas com maiores EER (EER3) apresentaram maiores concentrações de cálcio, BHBA e colesterol no pré-parto. Já, no pós-parto vacas com EER1 tiveram valores maiores de NEFA e menores de colesterol que vacas com EER3. Para responder ao objetivo 2 mensurou-se o EER nas semanas -2, -1 e parto, diagnosticou-se a ocorrência de doenças clínicas e avaliou-se o regresso a ciclicidade entre a 4º e 8º semana pós-parto. Determinou-se o EER como preditor das doenças mais prevalentes (metrite, mastite, retenção placentária, deslocamento de abomaso e afecções podais). Observou-se que o EER≤2 duas semanas antes do parto foi um bom preditor de todas as doenças acima descritas, com sensibilidade variando de 53% a 75% e especificidade de 80%. Por outro lado, vacas com EER1 durante o pré-parto e parto voltaram mais tardiamente a ciclicidade e em menor porcentagem quando comparadas com vaca com EER3. Portanto o escore de enchimento ruminal correlacionou-se com os indicadores sanguíneos durante período de transição, bem como serviu como preditor para as doenças do período de transição e regresso a ciclicidade, podendo ser utilizado como ferramenta de monitoramento da saúde de vacas leiterias multíparas. |