Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Souza, Veridiana Lourenço de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-19102015-100315/
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Resumo: |
O rebanho brasileiro de bovinos leiteiros é composto predominantemente por vacas mestiças criadas em condições tropicais. Os principais modelos usados no Brasil para a formulação e avaliação de dietas são norte-americanos e baseados nas exigências de vacas Holandesas em clima temperado. A principal contribuição do primeiro capítulo deste estudo foi o desenvolvimento e avaliação de um novo modelo para estimar a ingestão de matéria seca (IMS) de vacas mestiças. A nova equação de predição da IMS foi desenvolvida e avaliada usando um banco de dados com 161 médias de tratamentos provenientes de 38 estudos brasileiros publicados com vacas mestiças [n = 446 vacas, 16,60 ± 5,70 (DP) kg leite/dia]. O modelo proposto foi: IMS (kg/dia): [0,5552 (± 0,06636 EP) × LC4%G + 0,06332 (± 0,009455) × PV0,75] × [1 - e (- 0,7732 (± 0,7019) × (SEM - 1,629 (± 1,9313))) ]. O novo modelo apresentou maior acurácia (QMEP = 1,64, r2 = 0,88) na predição da IMS quando comparado com modelos norte-americanos. O novo modelo de predição da IMS pode ser aplicado na formulação de dietas para vacas leiteiras mestiças em condições tropicais. No capítulo 2, um estudo avaliou as novas atualizações das exigências nutricionais de bezerras leiteiras sugeridas por Van Amburgh e Drackley (2005) e inseridas em programa comercial (AMTS, Agricultural Modeling and Training Systems, AMTS.Cattle.ProTM Calf Model versão 3.5.8.0, 2015). Dados de 16 estudos brasileiros envolvendo 51 dietas para bezerros leiteiros (n = 485, peso ao desmane de 62,02 ± 10,16 kg) foram usados para avaliar os modelos do NRC (2001) e o AMTS. Nas condições do conjunto de dados do presente estudo, ambos os sistemas superestimaram o ganho calculado a partir da proteína disponível. O ganho de peso estimado pela energia disponível da dieta, foi superestimado em 19 g/dia quando calculado pelo NRC e subestimado em 68 g/dia quando calculado pelo AMTS. O ganho de peso possível a partir da energia disponível foi menor quando calculado pelo AMTS em relação ao NRC (2001). Para o conjunto de dados experimentais brasileiros, os ganhos de peso de bezerros foram 32% inferiores aos descritos na literatura para sistemas norte-americanos. As razões para esta discrepância precisam ser compreendidas, pois somente assim novos modelos poderão ser desenvolvidos e parametrizados para estimar o desempenho animal de forma mais acurada e precisa. |