O campo educacional e a vinculação com o sujeito psíquico: a (não) aprendizagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Artus, Bruna Archese Kafczinski
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/6129
Resumo: Este trabalho tematiza algumas questões que ficam ocultas na interpretação dos problemas envolvidos no processo de aprendizagens escolares dos sujeitos humanos. O enfoque da pesquisa é de natureza bibliográfica. Ampara-se, para tanto, em uma perspectiva metodológica de cunho qualitativo e interpretativo. Os principais autores estudados foram Sigmund Freud, Jaques Lacan, Alícia Fernández e Sara Paín. Por intermédio deles buscou-se pensar os vínculos entre educação escolar, subjetividade e aprendizagem, bem como muitas questões que, muitas vezes, permanecem ocultas, ou não são consideradas, nos processos de (não) aprendizagem. O estudo busca, sobretudo, compreender, através das leituras psicanalíticas que tratam sobre a constituição do sujeito, o que os laços vinculares, presentes no desenvolvimento da aprendizagem escolar, dizem, ou deixam de dizer, sobre as modificações do conhecimento nos sujeitos. Entende-se, como pano de fundo, na constituição humana, que todo o processo relacionado com a aprendizagem e, consequentemente, com a não aprendizagem, carrega consigo marcas da subjetividade humana, que condicionam as escolhas e buscas de vida de cada ser. Isto significa que perceber as diferentes subjetividades humanas implicadas nos campos educacionais é imprescindível para a construção e o reconhecimento das diferentes formas de aprender. Os problemas de aprendizagem, muitas vezes, são percebidos de maneira relativa ou completamente focados em um único aspecto. Neste estudo, toma-se o processo do aprender como algo complexo e, muitas vezes, indefinido. No primeiro capítulo, abordo a questão da constituição do sujeito e os problemas pertinentes e relativos ao desenvolvimento do conhecimento humano em relação ao mundo. No segundo capítulo, abordo os laços vinculares através da subjetivação humana em relação ao campo educacional. Entra em cena a questão do corpo e do desejo frente ao aprender. Já o terceiro capítulo trata das questões centrais e referenciais sobre os problemas de aprendizagem, buscando vincular a aprendizagem e a não aprendizagem como dependentes de um mesmo processo. Devemos, ainda, levar em consideração a educação, a cultura e a sociedade, o fato de que estas são dependentes de processos que promovam a argumentação e o ato de pensar. Deste modo, a constituição individual e coletiva está sendo pensada, no contexto escolar, através da subjetivação entre os sujeitos. Assim, não pensarmos que o ocultamento de questões pessoais e subjetivas, existentes nos processos de internalização da aprendizagem, pode causar rótulos significativos acerca do indivíduo que se apresenta no campo educacional.