A constituição do sujeito e o infantil na psicanálise
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Pedagogia Brasil PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4413 |
Resumo: | Esta dissertação trata-se de um estudo teórico a respeito da constituição do sujeito e do infantil em psicanálise. A delimitação desse objeto foi realizada a partir de um amadurecimento teórico promovido, em grande parte, pelos estudos inseridos nas produções realizadas pela linha de pesquisa Educação Sociedade e Cultura do Programa de Pósgraduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica de Goiás; pelo projeto de pesquisa Arte, Psicanálise e Educação: procedimentos estéticos no cinema e as vicissitudes da infância (UFG, PUC-GOIÁS, UEG E UNB) e pelo Entraste (Grupo de Estudos, Pesquisa e Extensão dos Fundamentos Litorais entre Linguagem, Psicanálise e Educação/ UFG). Iniciamos a sistematizacão do estudo com a formalização do conceito de sujeito em psicanálise a partir do que Lacan denominou ―retorno à Freud‖. Em seguida tratamos a constituição mesma do sujeito, que é um sujeito subvertido do cogito cartesiano, pois se trata do sujeito do inconsciente, dividido, submetido à lei do significante e à lei do desejo, que se constitui devido à ação estruturante da linguagem e do efeito ordenador da proibição do incesto. Através da noção de estrutura em detrimento da noção de desenvolvimento, tratamos do conceito de infantil, pois o infantil é exatamente o que fica perene a partir do que se estruturou com as operações lógicas do estádio do espelho e do complexo de Édipo, tomado em psicanálise como o que Lacan define como estrutura psíquica. A infância para psicanálise é o tempo da constituição do sujeito, que diz respeito a um tempo histórico e social, já o infantil, está situado fora da temporalidade, representa aquilo que não cessa de se inscrever, que por ser da ordem do inconsciente, tem a consistência de uma presença absoluta, que se repete. Portanto dada a característica do infantil como algo que fica da constituição do sujeito, estabelecemos uma relação com o grafo do desejo, que é um instrumento topográfico elaborado por Lacan para situar os processos lógicos que não se dissolvem com o tempo da existência do sujeito, que evidencia uma retroação constante às marcas do tempo da constituição subjetiva. Por fim, realizamos uma análise do filme Onde fica a casa do meu amigo? (1987) de Abbas Kiarostami na perspectiva da relação Cinema/Psicanálise. O filme trata-se uma obra com elementos estéticos e poéticos que nos permitiu ―bordejar o real da infância‖ como lugar da constituição do sujeito, que é marcada pela angústia, pelo trauma; lugar da produção do infantil, que constitui o sujeito submetido à lógica do inconsciente |