Flebotomíneos (diptera: psychodidae) em áreas de ocorrência de leishmaniose na região sudeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Jennifer Diniz dos
Orientador(a): Mendonça, Rafael Paranhos de lattes
Banca de defesa: Magalhães, Lizandra Guidi lattes, Pinto, Mara Cristina lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Ciência Animal
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/430
Resumo: Os insetos pertencentes à ordem Díptera, família Psychodidae e subfamília Phebotominae, conhecidos popularmente como mosquito palha ou birigui, são considerados vetores das leishmanioses. As leishmanioses são um complexo de doenças infecciosas causadas por protozoários do gênero Leishmania spp., caracterizadas como zoonoses negligenciadas e de grande importância em saúde pública. Neste contexto, e em decorrência do aumento do número de casos de leishmaniose, objetivou-se com o presente estudo, investigar a fauna flebotomínica em três municípios da região nordeste do estado de São Paulo (Rifaina, Franca e Pedregulho) e em Delfinópolis-Minas Gerais. As capturas entomológicas foram realizadas durante cinco noites consecutivas em cada munícipio, no período de abril a julho de 2019. Como critério de seleção de pontos estratégicos, foram selecionados bairros ou região com incidência de casos de leishmaniose canina, notificados pela vigilância sanitária nos municípios avaliados. Após a coleta, os insetos foram analisados para verificação da presença de flebotomíneos, seguida da identificação morfológica para diferenciação entre as espécies. Um total de 26, 233, 146, 34 flebotomíneos foram capturados nos municípios de Franca, Pedregulho, Rifaina e Delfinópolis respectivamente. Nas quatro áreas estudadas, houve variação quanto à fauna flebotomínica e foram identificados o total de 17 espécies, pertencentes a subfamília Phebotominae, Subtribos Psychodopygina Brumptomyiina, Sergentomyiina, Lutzomyiina. Dentre as espécies identificadas, três estão relacionadas ao ciclo de transmissão da Leshimaniose tegumentar e visceral, sendo elas respectivamente Nyssomyia whitmani, Migonemyia (Migonemyia) migonei e Lutzomyia (Lutzomyia) longipalpis, este último relatado pela primeira vez cientificamente na região. Desse modo conclui-se que, o levantamento das espécies em cada região pode esclarecer pontos importantes no entendimento na transmissão da doença e reforçar as políticas de saúde pública em áreas específicas de presença de flebotomíneos.