Ritmo Nictemeral de flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) em área quilombola, Piraputanga, Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Infran, Jucelei de Oliveira Moura
Orientador(a): Oliveira, Alessandra Gutierrez de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2696
Resumo: Estudos de ritmo nictemeral possibilitam avaliar a atividade diária não só de flebotomíneos, mas também de outros dípteros de importância em saúde pública em diferentes ecótopos, período de maior atividade e grau de antropofilia. Essas informações podem auxiliar as autoridades de saúde pública nas ações de controle de doenças transmitidas por vetores. O objetivo deste trabalho foi investigar a fauna e o ritmo de atividades desses insetos em área endêmica para leishmanioses, Furnas dos Baianos, distrito de Piraputanga, município de Aquidauana, estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. O estudo foi conduzido de julho de 2012 a junho de 2014, com capturas mensais de 24 horas ininterruptas em armadilha de Shannon. Os dados de temperatura e umidade foram aferidos no próprio local. Um total de 1.815 flebotomíneos foi coletado e as seguintes espécies identificadas: Brumptomyia avellari, Evandromyia evandroi, Evandromyia lenti, Evandromyia saulensis, Lutzomyia dispar, Lutzomyia longipalpis, Martinsmyia oliveirai, Micropygomyia oswaldoi, Micropygomyia peresi, Nyssomyia whitmani, Psathyromyia bigeniculata, Psathyromyia campograndensis, Pintomyia misionensis, Pintomyia kuscheli e Psychodopygus davisi. Nyssomyia whitmani (28,4%, 515/1.815, com 51,0% de fêmeas e 49,0% de machos) e Lu. longipalpis (20,4%, 371∕1.815 com 25,6 % de fêmeas e 74,4% de machos) foram a primeira e terceira mais prevalentes e mais abundantes na estação seca e apresentaram atividade registrada entre 17h - 7h e 18h - 5h, respectivamente. As duas espécies merecem atenção por serem incriminadas como vetores de Leishmania (Viannia) braziliensis e Leishmania (Leishmania) infantum em várias regiões do Brasil, incluindo Mato Grosso do Sul. Também merecem destaque, em virtude da antropofilia, Lu. dispar, (24,7%, 455/1.815, com 98,5% de fêmeas e 1,5% de machos) foi a segunda espécie mais prevalente, com atividade na estação chuvosa, entre 17h - 5h e Pintomyia misionensis (16,6%, 302 ∕1.815 com 98,67% de fêmeas e 1,32% de machos) presente ao longo dos dois anos com o inicio das atividades às 16h e término às 5h da manhã. As demais espécies coletadas apresentaram atividade entre 17h e 6h da manhã.