Treinamento de força com restrição de fluxo sanguíneo: uma abordagem imunológica e psicobiológica sobre a pressão da braçadeira.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lima, Fabio Rocha de lattes
Orientador(a): Otton, Rosemari lattes
Banca de defesa: Otton, Rosemari lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Cruzeiro do Sul
Programa de Pós-Graduação: Mestrado interdisciplinar em ciências da saúde
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/281
Resumo: O treinamento de força com restrição de fluxo sanguíneo (TFRFS) tem sido apontado como sendo um método eficaz para promover hipertrofia e o aumento da força. Entretanto, carecem de estudos que discutam como a manipulação da pressão da braçadeira pode influenciar no estresse oxidativo e na apoptose de linfócitos e neutrófilos circulantes. Objetivo: Verificar o efeito agudo e crônico que o TFRFS em diferentes pressões tem na apoptose de linfócitos e neutrófilos circulantes, estresse oxidativo plasmático e em parâmetros psicobiológicos. Materiais e métodos: Foram recrutados 27 sujeitos do sexo masculino (20-25 anos), que foram divididos aleatoriamente em três grupos: Grupo sem restrição (SR); Grupo com restrição parcial (RP); Grupo com restrição total (RT). A intensidade para o grupo SR foi de 75% de 1RM, e 20% de 1RM para RP e RT, diferenciando apenas na pressão da braçadeira. Foi utilizado um exercício de flexão de cotovelo bilateral, e as sessões ocorreram 3 vezes por semana, durante 10 semanas. Resultados: O potencial de membrana mitocondrial de neutrófilos diminuiu após o exercício nos três grupos, enquanto que em linfócitos diminuiu apenas no grupo SR. A atividade da caspase-3 de neutrófilos aumentou no grupo SR e RT, enquanto que em linfócitos aumentou somente no grupo SR. O ensaio de redução de ferro (FRAP) e de glutationa reduzida (GSH) diminuiu somente no grupo SR e RT. A glutationa oxidada (GSSG), proteína carbonilada e reação ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) aumentou nos grupos SR e RT. O grupo RP apresentou os maiores valores de esforço quando comparado ao grupo SR e ao grupo RT. Para o nível de dor, o grupo RP e RT apresentaram os maiores valores quando comparados ao grupo SR. O nível de desconforto foi maior no grupo RT quando comparado ao grupo RP e SR.No estado de humor, os níveis de tensão reduziram significativamente após o exercício nos grupos SR e RT. Para a depressão, o grupo SR apresentou os maiores valores antes e após o exercício quando comparado aos dois momentos (antes e após) do grupo SR. Para a raiva, houve redução significativa após o exercício no grupo SR. Os valores de vigor do momento pré e pós-exercício foram maiores no grupo RP quando comparados aos grupos SR e RT. Os escores de fadiga foram maiores no momento pré e pós-exercício nos grupos SR e RT quando comparados ao grupo RP. Conclusão: Pode-se concluir que o TFRFS com restrição total promove a apoptose de neutrófilos, mas não de linfócitos. A manipulação da pressão da braçadeira pode ainda influenciar no estresse oxidativo, tanto no momento agudo quanto crônico. As variáveis psicobiológicas indicam que a estratégia de restrição de fluxo sanguíneo pode ser eficiente para aumentar a aderência ao exercício, mas que a pressão deve ser selecionada com cautela, pois pressões mais elevadas interferem em variáveis importantes para determinar a continuidade ao exercício.