Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Jorge Luiz Duarte de
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Orientador(a): |
Vianna, Jeferson Macedo
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Banca de defesa: |
Werneck, Francisco Zacaron
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação Física
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Departamento: |
Faculdade de Educação Física
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10669
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Resumo: |
O método Kaatsu training ou de restrição de fluxo sanguíneo (RFS), é uma intervenção originária dos japoneses, criado em meados 1960. Hoje, este método vem sendo utilizado no mundo todo como uma alternativa ao exercício de força (EF) com cargas elevadas, sendo bem estabelecido para aumento de massa muscular, força ou processos de reabilitação. O método de EF com RFS geralmente requer um par de torniquetes, os quais são pouco acessíveis financeiramente e de difícil aplicabilidade prática no ambiente das academias. Assim, foram realizados dois estudos: o primeiro teve como objetivo verificar a aplicabilidade prática da utilização de uma faixa não elástica para o EF com RFS, com base na pressão e tamanho do torniquete pneumático tradicional (komprimeter Riester®, Jungingen, Alemanha), para os membros superiores. Posteriormente, foram comparadas as respostas hemodinâmicas e perceptivas em uma sessão de EF com RFS com 20% de 1 RM, entre estes dois instrumentos; e o segundo estudo objetivou, a partir da equalização estabelecida, comparar as respostas metabólicas, hormonais e perceptivas em uma sessão de EF com RFS com 20% de 1RM, entre o torniquete pneumático e uma faixa não elástica. No primeiro estudo, 81 homens e mulheres recreacionalmente treinados se voluntariaram. Na 1ª fase deste estudo, a redução do comprimento da faixa não elástica foi obtida individualmente com base na percepção da dor, quando o torniquete foi fixado em 150 mmHg. Na 2ª fase, a redução do comprimento da faixa não elástica, obtida na 1ª fase, foi aplicada e a percepção da dor (utilizando a mesma escala de 0-10) foi comparada entre os braços. A 3ª fase foi realizada para comparar as respostas hemodinâmicas e perceptivas, durante e após uma sessão de EF com RFS, contendo os seguintes exercícios: supino reto no smith, puxada frontal, desenvolvimento no smith, tríceps no crossover, rosca bíceps na barra. No segundo estudo, dezesseis homens saudáveis e recreacionalmente treinados se voluntariaram. Os voluntários completaram duas sessões de EF com RFS, com os mesmos exercícios citados anteriormente. No estudo 1, a redução do comprimento da faixa não elástica foi de ~ 9% nos homens, ~ 7% em mulheres e ~ 8% em ambos os grupos. Não foram encontradas diferenças significativas na frequência cardíaca, pressão arterial, duplo produto, percepção da dor e nem na percepção subjetiva de esforço, entre os grupos que aplicaram a redução de 8% do comprimento da faixa não elástica obtido na 1ª fase. No estudo 2, as sessões experimentais com restrição sanguínea promoveram aumentos significativos de GH e Lactato, mas não de IGF-1 (Torniquete, pré/10’pós [p = 0,999; TE = 0,13] e pré/15’pós [p = 0,999; TE = 0,14]; Faixa, pré/10’pós [p = 0,999; TE = 0,008] e pré/15’pós [p = 0,999; TE = 0,02]). Não houve diferenças significativas entre as sessões nas respostas metabólicas, hormonais e perceptivas (p>0,05), com aplicação de 8% de redução no comprimento da faixa não elástica. Desta forma, sugerimos a utilização da faixa de restrição não elástica no exercício de força com restrição de fluxo sanguíneo com carga baixa em exercícios para os membros superiores, para pessoas recreacionalmente treinadas em força em academias, centros de treinamento esportivo, clínicas e outros locais de intervenção de diferentes profissionais da área da saúde. |