O projeto pedagógico do MST: a intenção e o gesto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Rodrigues, Rosana Mara Chaves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado da Bahia
Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/5455
Resumo: O presente estudo analisa o processo de implementação do Projeto Pedagógico do MST para as escolas dos assentamentos, nas escolas União e José Gomes Novais nos Projetos de Assentamento Paixão e União, situados no Município de Vitória da Conquista, na Região do Sudoeste da Bahia, com o objetivo de identificar que elementos importantes de resistência e de mudança emergem do confronto entre uma proposta educativa que se pretende transformadora, libertadora e inclusiva e a realidade local, estruturada segundo os padrões sociais e culturais que tendem a reproduzir a condição de dependência, submissão e exclusão.Para apreender essa temática, decidiu-se pelo Estudo de Caso, que permite um contato direto com a situação pesquisada. Como instrumentos de pesquisa, lançou-se mão de entrevistas semi-estruturadas, conversas informais, observação com registro em diário de campo e coleta de materiais produzidos pelos alunos.A fundamentação teórica para o estudo em questão calcou-se na idéia de escola como espaço de construção, transformação e libertação. Ao se analisar a proposta de educação do movimento, foram identificados, entre seus princípios, categorias propostas por Ernst Bloch, Antônio Gramsci e Paulo Freire, tais como as de utopia, transformação e libertação. No município de Vitória da Conquista, o MST tem estabelecido, junto à Prefeitura, canais de negociação, de modo a possibilitar a implementação do projeto na localidade, tendo já garantido autonomia para fazer uma pré-seleção dos professores que vão atuar em escolas de assentamentos para que, no mínimo, garantam a escolha de um professor sensível à sua proposta, e uma reunião quinzenal dos professores para estudar o projeto e planejar as aulas. Registra-se, no entanto, que há dificuldades para a transformação das rotinas das escolas, além de resistência dos professores e do grupo e da comunidade na adoção de novidades ou de engajamentos em projetos vindos de fora do grupo.