Utopias, pós-utopia e o constituir-se professor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos Junior, Julio Bispo dos lattes
Orientador(a): Carvalho, Maria Inez da Silva de Souza lattes
Banca de defesa: Menezes, Anderson de Alencar, Lemos, Guilherme Augusto Rezende, Thiesen, Juares da Silva, Sá, Maria Roseli Gomes Brito de, Carvalho, Maria Inez da Silva de Souza
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) 
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36950
Resumo: Esta tese é sobre Utopia. Um estudo movimentado para produzir e compreender sentidos e ideias sobre utopias, pós-utopia e o constituir-se professor. Com uma escritura basicamente epistolar, fabula, – partindo da obra Utopia, de Thomas Morus– uma linha espaço-temporal de conceitos, significados e sentidos para o significante utopia, assumindo-o polissêmico e plural a partir dos estudos sobre a esperança e utopia em Ernest Bloch (2005); a história do conceito em Gregory Claeys (2013) e Pierre Furter (1979), perseguindo pontos de fuga, descentração e desconstrução tramados na crítica à utopia tecida por Emil Cioran (2011), dentre outras tecituras. Por essas opções teórico-estéticas, é um texto promíscuo que transitou, sem pudor, por muitas referências, aceitando os flertes da literatura utópica e sobre utopias em Thomas Morus (2012), com a poética de Galeano (2001; 2011) e Pepetela (2013) e os estudos sobre história e o tempo de experiências e expectativas em Reinhart Koselleck (2006; 2014); articulados aos sentidos de tempo, utopias e filosofia nos estudos de Heidegger (2009), Francis Wolff (2013; 2016; 2018) e Vlademir Safatle (2016). Trazendo a professoralidade como acontecimento (PEREIRA, 2016) permeada pelos estudos sobre memória e experiência (JOSSO, 2004; LARROSA, 2011; 2016) faz a opção metodológica de conversar epistolarmente com ex-alunos, egressos do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Alagoas, Campus Arapiraca. E segue em direção à “defesa” ou à mera provocação que utopias, aberto a toda e qualquer polissemia e à utopia pós-utópica, como novo significante proposto, são necessárias à condição humana, à experiência de ser e constituir-se no mundo e, nesse pensar, constituindo-se professor e aceitando os riscos de qualquer utopia: ao sonhar um mundo melhor, o contrário pode acontecer, pois tudo é contingente. Assumir utopias como delírio consciente pode ser o encontro possível na profissão, ou não.