Elias Nazareth: a trajetória de um intelectual e educador negro (Bahia, 1849-1921)
Ano de defesa: | 2024 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
UNEB
Programa de Pós-Graduação em História Regional e Local - PPGHIS |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/7851 |
Resumo: | Neste estudo, foram evidenciados aspectos da trajetória intelectual de Elias de Figueiredo Nazareth. Homem de cor preta, professor, filólogo e historiador. Iniciando a sua carreira no ofício de professor em 1870, o sujeito tema do estudo dedicou cinco décadas de serviço ao magistério baiano. Nascido em Salvador (20/07/1849), viveu e circulou por espaços de prestígio intelectual. Observando os itinerários do sujeito de estudo, evidenciamos seu lugar na sociedade e a sua interferência na educação baiana da segunda metade do século XIX e princípios do século XX. De natureza documental, a pesquisa adota a abordagem da micro-história (Levi, 1992) para uma análise aprofundada das fontes. Inicialmente, utilizamos como operação metodológica o método onomástico (Ginzburg, 1998) como condutor da investigação. Centrando a pesquisa na análise dos detalhes, seguimos os preceitos contidos no paradigma indiciário (Ginzburg, 1998) para observar os detalhes e pormenores da documentação consultada. Para tanto, coletamos os rastros em jornais, revistas e documentos oficiais que forneceram vestígios sobre a atuação e impacto intelectual de Elias Nazareth. Com o cruzamento e análise das fontes, foi possível identificar as redes de sociabilidade (Sirinelli, 2003) nas quais o indivíduo de estudo estava inserido. Percebendo seus laços sociais e vínculos institucionais, visualizamos a circulação de intelectuais notáveis que estavam atuando no campo da educação baiana, com os quais Elias conviveu. A pesquisa fundamenta-se nos conceitos de Pierre Bourdieu (2006; 2007) para a análise de trajetórias de vida, de Sirinelli (2003) e de Gomes e Hansen (2016) sobre o intelectual, e de Gomes (1999) acerca dos lugares de sociabilidade. Esses referenciais teóricos são complementados por outros autores, cuja contribuição amplia e aprofunda a compreensão do tema de análise. Membro-sócio fundador do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, associado a diversa associações literárias e diretor da Escola Normal da Bahia durante nove anos, a análise da trajetória de Elias Nazareth, nos auxilia a compreender como os professores estavam agindo e atuando enquanto intelectuais na Bahia de outrora. Paralelamente, com este trabalho, revelamos uma importante figura da história da Bahia, que interferiu e se engajou na defesa de projetos educacionais que considerou essenciais para a melhoria da educação primária e formação docente. |