Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Marilia Mergulhão de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/51823
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Resumo: |
A produção orgânica e os movimentos feministas possuem uma relação intrínseca, ao proporcionarem às mulheres múltiplos benefícios, como: geração de renda, autoconfiança, conservação da biodiversidade e oportunidades de assumir papéis de liderança. O trabalho feminino nos sistemas de transição da agricultura convencional para práticas agroecológicas demonstra o comprometimento feminino com a segurança alimentar da família e preocupação com temas como meio ambiente e soberania alimentar. Esse trabalho merece ainda maior destaque quando é contextualizada a discriminação que as mulheres sofreram e sofrem ao longo da história: tendo seu direito à terra negado, condições de trabalho desiguais e a invisibilização quanto ao valor do trabalho desempenhado. Em busca de superar esses obstáculos, surgiu nos movimentos sociais uma oportunidade das mulheres se fazerem ouvir e lutar por políticas públicas que promovessem a igualdade de gênero e visibilidade para as agricultoras. Diante desse cenário, o presente estudo é de caráter qualitativo, exploratório e descritivo. Na primeira parte da pesquisa foi realizada revisão sistemática de literatura com o apoio do Methodi Ordinati. E na segunda parte, realizou-se um estudo empírico, por meio de entrevista semiestruturada com agricultoras de produção orgânica, extensionistas rurais, agentes/formuladores de políticas públicas e pesquisadoras. Como proposta de agenda de pesquisa com base nos achados da literatura foram estabelecidos três direcionadores que poderão contribuir tanto ao interesse acadêmico, quanto à visibilidade do trabalho das mulheres rurais. São eles: i) Análise do protagonismo das mulheres rurais na promoção da agroecologia e nas práticas de economia feminista e solidária, considerando sua contribuição para a melhoria da qualidade de vida e renda; ii) estudo da transição agroecológica e suas etapas, levando em conta o papel das mulheres rurais nesse processo, especialmente em relação à disponibilidade, diversidade e segurança alimentar, vinculando essa agenda aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente o ODS 2 – Fome Zero e Agricultura Sustentável; e, iii) análise das preocupações ambientais das mulheres em comparação aos homens. Adicionalmente, os dados obtidos com base na análise das narrativas dos participantes da pesquisa sinalizaram três dimensões importantes: a dupla jornada e a invisibilidade e desvalorização do trabalho das mulheres no contexto da agricultura orgânica e de base agroecológica. Foram gerados subsídios para a formulação de estratégias e políticas públicas de fortalecimento do protagonismo que elas exercem nas jornadas duplas de trabalho dentro e fora do campo. |