Fatores preditores da mudança do índice TyG em indivíduos com risco cardiometabólico submetidos à intervenção nutricional (PROCARDIO-UFV)
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Ciência da Nutrição |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/29798 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.169 |
Resumo: | A resistência à insulina é importante fator na fisiopatologia da síndrome metabólica que, por sua vez, está associada com a morbimortalidade por doenças cardiovasculares. Entre diversos métodos desenvolvidos para avaliar a RI, o índice triglicerídeo-glicose (TyG) se destaca por ser um método simples, de baixo custo de alta aplicabilidade na prática clínica, uma vez que as concentrações de triglicerídeos e glicose são de baixo custo e rotineiramente realizadas nos serviços de saúde. Assim, objetivo do presente estudo foi identificar os fatores preditores da variação do índice TYG em uma população com risco cardiometabólico após intervenção nutricional. Trata-se de um estudo longitudinal (2012 a 2019) com usuários do Programa de Atenção à Saúde Cardiovascular da Universidade Federal de Viçosa – PROCARDIO-UFV (ReBEC nº RBR-5n4y2g). O índice TyG foi calculado pela fórmula: Ln (triglicerídeos em jejum x glicemia em jejum/2) e a variação consistiu na diferença entre o índice TyG da linha de base (primeira consulta) e após seguimento médio de três meses (delta TyG). As informações sociodemográficas (sexo, idade, renda familiar, estado civil e escolaridade) e comportamentais (tabagismo, nível de atividade física, consumo de bebida alcóolica, horas de sono e consumo alimentar) foram obtidas a partir dos prontuários. Também foram coletados dados antropométricos (peso, estatura, índice de massa corporal e perímetro da cintura) e bioquímicos (colesterol total, triglicerídeos, glicemia e insulina de jejum), além do consumo alimentar. Para avaliação dos fatores preditores da mudança do índice TyG, foi utilizada a regressão linear com abordagem hierarquizada, com variáveis sociodemográficas no primeiro nível hierárquico, comportamentais no segundo, variáveis basais de risco cardiometabólico no terceiro e mudanças nas variáveis de risco cardiometabolico no quarto nível. Participaram desse estudo 101 usuários do PROCARDIO – UFV, sendo em sua maioria mulheres (56,4%, n=57), adultos (78,2%, n=79), com idade média de 44,9 ±16,3 anos. Os valores do índice TyG basal e final foram 8,95±0,55 e 8,72±0,57, respectivamente (p<0,05). Nos modelos de regressão linear (bruta), observou-se associação positiva da variável horas de sono (p< 0,045) no nível 2, TyG basal no nível 3 (p<0,001) e dos deltas de Índice de Massa Corporal (p<0,022) e colesterol total sérico (p<0,002) no nível 4 com o delta TyG. Nos modelos ajustados, encontramos associação positiva da variação do índice TyG com as variáveis horas de sono, índice TyG, e delta CT. No modelo considerando ajuste adicional pelas variáveis sexo e idade, houve associação positiva das variáveis horas de sono (p=0,044), índice TyG basal (p≤ 0,001), delta IMC (0,060) e delta CT (p=0,039) com a variação do TyG após intervenção nutricional. Com base nos achados deste trabalho, conclui-se que a mudança do índice TyG após intervenção nutricional está diretamente associada ao tempo de sono, TyG basal e variações de IMC e CT, podendo ser utilizado como complemento de triagem de indivíduos com risco cardiometabólico. Palavras-chave: Índice Triglicerídeo-Glicose. Resistência à Insulina. Consumo Alimentar. Fatores de Risco. |