Golpe ou impeachment? Uma análise semiolinguística dos discursos da Veja e da Carta Capital sobre o afastamento da presidente Dilma Rousseff

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lopes, Bárbara Albuquerque Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/21252
Resumo: A presente dissertação tem como objetivo analisar, com base na Teoria Semiolinguística proposta por Patrick Charaudeau (2014), os discursos produzidos pelas revistas Veja e Carta Capital sobre os eventos políticos relacionados ao processo de impeachment de Dilma Rousseff. Neste sentido, o corpus da pesquisa é composto por seis reportagens, presentes em edições das revistas que antecederam as três votações do processo de impedimento, realizadas na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Para obter os dados de análise, este estudo procede uma descrição da organização discursiva dos textos, a partir dos modos de organização e, com base na noção de imaginários sociodiscursivos, identifica quais são os discursos utilizados pelos periódicos e como estes reproduzem o posicionamento político de seus corpos editoriais. Por meio das análises, foram identificadas formações discursivas que confirmam que a Veja defende o processo de impeachment e a Carta Capital defende a tese de que a presidenta era vítima de um golpe. No período anterior à primeira votação do impeachment, as reportagens voltam seu foco para a ética dos envolvidos e para a tentativa de legitimar ou deslegitimar o processo. Posteriormente, verifica-se uma preocupação com a imagem do Brasil devido à instauração do processo e suas consequências imediatas. E, finalmente, as reportagens que precedem a votação final trazem análises do governo interino, visto que a conclusão favorável ao impeachment de Dilma é dada como certa pelas duas revistas.