Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
SANTANA, Marcela Silva de |
Orientador(a): |
ROCHA, Maria Eduarda da Mota |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Sociologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/54146
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Resumo: |
A presente tese se insere no conjunto de trabalhos que procuram compreender o contexto político do impeachment de Dilma Rousseff em 2016. A presente investigação aborda a forma com que esse acontecimento foi construído na cobertura jornalística, em especial no Jornal Nacional, compreendendo como central o papel do campo jornalístico no conflito político que tomou forma naquele contexto. Para construção deste trabalho a investigação se estruturou a partir de uma análise de enquadramento, envolvendo um corpus de 110 matérias de 26 edições do Jornal Nacional (JN), compreendendo o período do protocolo de impeachment na Câmara dos deputados até o momento do afastamento definitivo da então presidenta Dilma Rousseff. Recuperamos aqui a noção de enquadramento como ferramenta teórico-metodológica, na medida em que esta busca destacar a partir da análise do texto jornalístico os processos de seleção, ênfase e hierarquização presentes no discurso midiático, e que constroem um quadro geral que sugere como intenta ser lido aquele acontecimento público. Assim, objetivamos entender quais as ideias organizadoras que estão na base do enquadramento dado pelo JN ao impeachment, quais problemas são levantados como centrais, bem como quais causas, consequências e soluções foram apontadas. Por fim, neste meandro, buscamos entender também qual tratamento foi dado ao contratema do golpe no Jornal Nacional. Dessa forma, a partir da análise de enquadramento das edições do JN, contamos como foi se construindo a destituição do capital simbólico de Dilma no espaço do JN e como, durante aquele período, o telejornal enquadrou o acontecimento político de forma a dar legitimidade ao impeachment e deslegitimidade ao contratema do golpe, produzindo um efeito de coerência que buscou dar à saída de Dilma um verniz de normalidade democrática. |